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União Africana apoia resposta de emergência com 350 mil dólares

A União Africana (UA) vai apoiar com 350 mil dólares a resposta de emergência às populações afetadas pela passagem do ciclone Idai em Moçambique, Zimbabué e Maláui, que causou pelo menos 300 mortos, anunciou hoje a organização.

“Em apoio aos esforços de resposta dos governos dos países afetados e da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), a presidente da comissão da União Africana anunciou um apoio imediato de 350 mil dólares (cerca de 310 mil euros) para os três países, com Moçambique, o mais afetado dos três, a receber 150 mil dólares (cerca de 110 mil euros) dos fundos de emergência da UA”, adiantou a organização numa nota à comunicação social.

O presidente da Comissão da UA, Moussa Faki Mahamat, aprovou também o “envio imediato” de uma missão liderada pelo Comité Permanente para os Refugiados e Retornados da organização para avaliar a situação e expressar solidariedade às autoridades dos países afetados.

Moussa Faki Mahamat prometeu também redobrar os esforços diplomáticos para encorajar os Estados-membros da organização e os seus parceiros para “contribuírem generosamente” para as operações em curso.

O Presidente da Comissão reiterou a solidariedade da União Africana com os governos e as populações dos países afetados e agradeceu aos países que já apoiaram os três países.

Apelou, por outro lado, a todos os “Estados-membros da União Africana e à comunidade internacional para que aumentem urgentemente o seu apoio a fim de responder eficazmente às necessidades imediatas da resposta”.

Pelo menos 300 pessoas morreram à passagem do ciclone Idai pela África Austral, onde os socorristas se desdobram agora em esforços para salvar milhares de pessoas que continuam refugiadas em cima de telhados e árvores.

Em Moçambique, o Presidente da República, Filipe Nyusi, anunciou na terça-feira que mais de 200 pessoas morreram e 350 mil “estão em situação de risco”, tendo decretado o estado de emergência nacional.

O Idai, com fortes chuvas e ventos de até 170 quilómetros por hora, atingiu a Beira (centro de Moçambique) na quinta-feira à noite, deixando os cerca de 500 mil residentes sem energia e linhas de comunicação.

A Cruz Vermelha Internacional indicou na terça-feira que pelo menos 400 mil pessoas estão desalojadas na Beira, em consequência do ciclone, considerando tratar-se da “pior crise” do género no país.

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, viajou para a Beira, onde dezenas de portugueses perderam casas e bens devido ao ciclone Idai, para acompanhar o levantamento das necessidades e o primeiro apoio às populações afetadas.

No Zimbabué, foram contabilizados mais de 100 mortos e mais de 200 feridos, com as estimativas a apontarem para mais de 500 desaparecidos, enquanto no Maláui as únicas estimativas conhecidas apontam para pelo menos 56 mortos e 577 feridos.

A União Africana é constituída por 55 países, incluindo Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.

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