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Hungria propõe novo candidato a comissário depois de PE ‘chumbar’ ex-ministro

A Hungria propôs a Ursula Von der Leyen um novo candidato nacional para integrar a futura Comissão Europeia, depois do ‘chumbo’ pela comissão de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu (PE) do primeiro nome indicado por Budapeste.

Segundo responsáveis europeus citados pelas agências France-Presse e Associated Press, o novo candidato é o atual embaixador húngaro em Bruxelas, Oliver Varhelyi.

A Hungria viu-se forçada a apresentar um novo nome depois de o primeiro, o ex-ministro László Trócsányi, ter sido considerado “inapto” para as funções pela comissão de Assuntos Jurídicos (JURI) do PE.

A comissão vetou a candidatura de Trócsány (Política de Vizinhança e Alargamento) e a da romena Rovana Plumb (Transportes) na quinta-feira passada e hoje, numa nova reunião, confirmou o ‘chumbo’, decidindo, numa votação à porta fechada, que os dois comissários designados são “inaptos para exercer as suas funções, de acordo com os Tratados e o Código de Conduta”.

A comissão, responsável por avaliar “conflitos de interesses potenciais ou reais dos comissários indigitados” pela presidente eleita do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, considerou insuficientes as explicações apresentadas pelos dois candidatos para garantir que os seus interesses financeiros não representam um potencial conflito de interesses no exercício das suas futuras funções.

A confirmação, pela JURI, da inexistência de conflitos de interesses é um requisito prévio essencial para a realização de cada audição, de acordo com as novas regras do Regimento do PE, em vigor desde 2018.

De acordo com a versão europeia do site Politico, a comissão teve dúvidas quanto à empresa de advocacia fundada em 1991 por Trócsányi e às relações da mesma com o Governo de Viktor Orbán, que o candidato integrou, como ministro da Justiça, até junho passado.

Em relação a Rovana Plumb, o Politico escreve que a romena não terá declarado dois empréstimos no valor de cerca de um milhão de euros, apresentando à JURI uma declaração de interesses financeiros distinta daquela que declarou na Roménia.

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