A rede de hospitais da Caixa Geral de Depósitos foi vendida ao grupo Amil, o maior do Brasil na área da saúde, num negócio de 85,6 milhões de euros. A CGD mantém o parque imobiliário, ficando a receber as rendas pela utilização dos edifícios.
A Caixa Geral de Depósitos continua a vender os ativos não ligados à área bancária, conforme o acordado com a troika no memorando, e hoje negociou a rede de hospitais privados com a maior empresa brasileira no setor da saúde. O grupo Amil vai comprar a HPP Saúde, uma rede de sete hospitais (incluíndo o dos Lusíadas, em Lisboa, e o da Boavista, no Porto) com mais de 4000 profissionais, por 85,6 milhões de euros.
O negócio pode ainda ultrapassar os 90 milhões, pois o acordo (que inclui a dívida da HPP) prevê “um acréscimo potencial de seis milhões de euros caso sejam atingidos determinados objectivos”, conforme o comunicado enviado à CMVM.
Na mesma nota, a CGD esclarece que vendeu o capital da HPP-Hospitais Privados de Portugal, SGPS, SA, depois de “um processo competitivo destinado à alienação do perímetro global das unidades hospitalares sob gestão daquela empresa”, mas manteve o “respetivo parque imobiliário”. Assim, a Amil deverá ficar a pagar à CGD as rendas pela utilização dos edifícios onde funcionam os sete hospitais.
O grupo brasileiro, que detém 22 hospitais, concretizou uma compra que era do interesse da Frontino (de Jaime Antunes), em consórcio com a Artesia (Brasil), e do grupo Espírito Santo Saúde.