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Hospital da Figueira da Foz cifra adesão à greve de enfermeiros em 62,7 por cento

A administração do Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) cifrou hoje a adesão à greve dos enfermeiros naquela unidade de saúde em 62,7 por cento, percentagem próxima dos 66 por cento anunciados pela estrutura sindical que convocou a paralisação.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a administração do HDFF diz que no turno da manhã a adesão à greve dos enfermeiros foi de 62,69 por cento e que das cinco cirurgias programadas foi realizada uma.

“Estão agendadas 408 consultas, prevendo-se que se realize a maioria das consultas”, indica ainda o comunicado.

Já sobre o “silêncio absoluto” da administração, denunciado pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), como resposta a três pedidos de reunião realizados, José Albino e Silva, presidente do conselho de administração do HDFF, alega que este, à data do primeiro pedido, em junho, optou “por aguardar mais algum tempo”, uma vez que assuntos como a contratação de enfermeiros tinham a sua resolução “em curso”.

Já à data do segundo pedido de reunião, em julho – houve um terceiro pedido, de acordo com o SEP, já em agosto – a administração argumenta que “estaria para breve a nomeação do futuro conselho de administração” da unidade de saúde, “o que de certa forma e por motivos óbvios inviabilizou de imediato a reunião com o órgão de gestão ainda em funções”.

Na nota, embora mantendo a posição de “não reunir agora” com o SEP, José Albino e Silva diz ter enviado ao sindicato, na terça-feira, um conjunto de esclarecimentos sobre as questões que motivaram a greve, entre as quais estão o descongelamento das progressões na carreira ou a contratação de mais profissionais de enfermagem.

No comunicado, a administração do HDFF explica que “pediu efetivamente 15 enfermeiros e não 11 [como alegou o sindicato] tendo sido recrutados no mês de julho sete enfermeiros. Entretanto, foram já autorizadas mais duas contratações, aguardando-se autorização da tutela para contratar os restantes”, argumenta.

Acrescenta que a unidade de saúde “tem vindo a reforçar o quadro de pessoal, nomeadamente de enfermagem”, e que no final de agosto o HDFF “terá no quadro de pessoal 207 enfermeiros que, em número absoluto e relativo, é o maior número de profissionais de enfermagem no hospital da Figueira desde o ano de 2011”.

Já sobre o descongelamento das progressões na carreira, o administrador alega que ele “foi efetuado, abrangendo até ao momento 127 enfermeiros em regime de contrato de trabalho em funções públicas”.

O descongelamento, segundo José Albino e Silva, foi efetuado com reposicionamento remuneratório de 25 por cento retroativo a janeiro de 2018 e processado desde abril, a que acrescem outros 25 por cento a partir de 01 de setembro.

De acordo com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, a greve agendada hoje no HDFF teve uma adesão de 66 por cento no turno da manhã, resultando no encerramento do bloco operatório, com exceção de uma cirurgia oncológica, disse fonte sindical.

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