O caso do bebé que nasceu apenas com um pé, no Hospital Pêro da Covilhã, suscitou um inquérito interno. A direção hospitalar pretende averiguar responsabilidades médicas. A família não se conforma com as falhas no acompanhamento da gravidez e acusa os médicos de negligência. O departamento de Saúde da Criança e da Mulher fala em “lapso”.
O parto ocorreu no passado domingo, dia em que os médicos foram surpreendidos com o facto de a criança ter apenas um pé. O Centro Hospitalar da Cova da Beira decidiu avançar com um processo de averiguação interna, para apurar responsabilidades.
Apesar de mãe e bebé não correrem qualquer perigo, a família da criança não se conforma com o facto de, durante toda a gravidez, a malformação não ter sido detetada, através das ecografias de acompanhamento pré-natal. Só depois do parto, no Hospital Pêro da Covilhã, se verificou o problema.
Durante esse processo de inquérito serão analisadas todas as ecografias realizadas ao longo desta gravidez, para perceber por que razão a malformação não foi verificada nestes exames. As conclusões do inquérito serão conhecidas nos próximos dias.
O responsável pelo Departamento de Saúde da Criança e da Mulher, José Martinez, refuta, em declarações à agência Lusa, que tenha havido negligência e assume a possível existência de “um lapso” ou “uma omissão” na fase de acompanhamento da gravidez.
Outras ações internas poderão ser suscitadas pelo inquérito, mas só após as conclusões do mesmo a direção hospitalar daquela unidade de saúde da Covilhã poderá avançar com medidas.
