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Hospitais terão tempo de internamento reduzido para cortar na despesa

doente internadoReduzir tempo de internamento nos hospitais e libertar camas é uma das medidas que o Ministério da Saúde tem na agenda, para cumprir um plano de corte de despesa de 15 por cento, no âmbito do acordo com a troika. “O doente mais barato é o doente morto”, responde o bastonário da Ordem dos Médicos, lamentando estes cortes.

Ao abrigo do acordo com a troika, Portugal comprometeu-se a cortar 15 por cento nas despesas com os hospitais, o que será feito pelo Ministério da Saúde, através da redução do tempo de internamento e do aumento das cirurgias em ambulatório (que são mais baratas). Com estas medidas, haverá mais camas disponíveis nos hospitais.

A partir do próximo ano, os tempos de internamento serão mais curtos – determinação que está acima da decisão de um médico, a quem cabe conceder a alta ao doente –, sendo que haverá uma aposta nos cuidados médicos e cirúrgicos em regime de ambulatório.

Apesar de os períodos de internamento serem menores, o Ministério da Saúde pretende assegurar a mesma qualidade do tratamento, através do recurso aos centros de saúde, que terão a seu cabo mais consultas de acompanhamento de doentes.

O acordo com a troika prevê que Portugal diminua a despesa hospitalar em 15 por cento, mas em 2013 a meta definida será uma poupança de oito por cento, com esta reorganização de serviços, aposta no ambulatório e novos métodos de acompanhamento pós-cirúrgico.

O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, já lamentou a redução do tempo de internamento e a ‘obsessão’ pela poupança, que considera estar a ser posta acima da defesa da saúde do doente. “O doente mais barato é o doente morto”, referiu José Manuel Silva à TSF.

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