Os hospitais do Serviço Nacional de Saúde devem 900 milhões de euros aos laboratórios. Somando os 300 milhões em dívida aos fornecedores de dispositivos médicos, os hospitais públicos encerraram o ano de 2017 a dever 1212 milhões de euros.
De acordo com uma fonte da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (Apifarma), citada pela Lusa sem identificação, a dívida global dos hospitais públicos à indústria farmacêutica era, em dezembro de 2017, de 906,1 milhões de euros.
Já o presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Dispositivos Médicos (Apormed), João Gonçalves, confirmou que, na mesma data, os hospitais deviam 316 milhões às empresas de dispositivos médicos.
Dois terços desse montante (205 milhões, mais precisamente) eram dívida vencida.
No caso da Apifarma, a dívida vencida era de 664,6 milhões, mais 26,4 por cento do que em 2016.
No total, os hospitais públicos deviam 1212 milhões de euros às farmacêuticas e às empresas de dispositivos médicos.
Uma dívida que seria ainda maior se os hospitais não tivessem já pago uma tranche de 400 milhões, proveniente do aumento de capital.
Essa tranche foi a primeira dos 1400 milhões prometidos pelo ministro da Saúde, em novembro do ano passado, para o pagamento de dívidas dos hospitais.
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