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Hóspedes caem 5,4 por cento e dormidas recuam 8,4 pontos em abril

A atividade hoteleira em Portugal diminuiu em abril, com o número de hóspedes a recuar 5,4 por cento para 1,8 milhões e o de dormidas a cair 8,4 por cento para 4,7 milhões, em termos homólogos, divulgou hoje o INE.

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), “estes resultados foram influenciados pelo efeito do calendário do período de Páscoa, dado que em 2018 esta época impulsionou as dormidas na hotelaria essencialmente no mês de março” (+11,7 por cento nos hóspedes e +9,9 por cento nas dormidas), a que acresce o facto de em abril se ter verificado “acentuada pluviosidade”.

Considerando o acumulado dos primeiros quatro meses do ano, os hóspedes aumentaram 3,1 por cento e as dormidas subiram 1,6 por cento, o que traduz um abrandamento da atividade turística.

As dormidas nos hotéis, que significaram 71,1 por cento do total, apresentaram um decréscimo de 5,6 por cento em abril, sendo que também nas demais tipologias se registaram reduções, com destaque para os aldeamentos turísticos (-14,4 por cento).

No mês em análise as dormidas de residentes diminuíram 9,3 por cento, para 1,2 milhões, enquanto as dos não residentes recuaram “a um ritmo ligeiramente menos expressivo” (8,0 por cento, para 3,5 milhões), contrastando ambas com os crescimentos de 15,4 por cento e 8,0 por cento, respetivamente, em março.

Nos primeiros quatro meses do ano, as dormidas dos residentes cresceram 3,3 por cento, acima do crescimento verificado nas dormidas dos não residentes (+1,0 por cento).

Já considerando o conjunto dos meses de março e abril, as dormidas registaram uma “ligeira diminuição” de 0,8 por cento (+0,8 por cento no que respeita a residentes e -1,4 por cento relativamente a não residentes).

Segundo o INE, os 13 principais mercados emissores representaram em abril 82,9 por cento das dormidas de não residentes e apresentaram resultados “maioritariamente decrescentes”.

As dormidas de hóspedes do Reino Unido (20,9 por cento do total das dormidas de não residentes) recuaram 8,9 por cento, “mantendo a tendência dos últimos meses”, e acumulam uma diminuição de 7,0 por cento no primeiro quadrimestre do ano.

Em quebra estiveram também os mercados alemão (14,4 por cento do total), que caiu 9,3 por cento em abril e 2,3 por cento desde o início do ano, e francês (representativo de 10,7 por cento do total e com um recuo de 7,3 por cento em abril, mas um crescimento de 2,7 por cento nos primeiros quatro meses do ano).

O mês de abril correspondeu ainda a uma descida do mercado espanhol (8,0 por cento do total), que segundo o INE é “tradicionalmente sensível ao ‘efeito Páscoa'” e apresentou uma “redução expressiva” mensal de 39,0 por cento e uma diminuição de 0,7 por cento desde janeiro, e dos Países Baixos (4,9 por cento do total, com uma quebra de 13,0 por cento em abril e de 12,4 por cento desde o início do ano).

Em alta estiveram, pelo contrário, em abril os mercados norte-americano (+14,8 por cento) e brasileiro (+10,2 por cento), destacando-se as evoluções acumuladas desde janeiro dos mercados norte-americano (+20,1 por cento), brasileiro (+13,5 por cento) e sueco (+13,4 por cento).

Por regiões, registaram-se em abril reduções das dormidas em todo o país, mas “mais acentuadamente” no Alentejo (-15,4 por cento), enquanto os menores decréscimos aconteceram no Norte (-3,1 por cento), Açores (-4,3 por cento) e Área Metropolitana de Lisboa (-4,9 por cento).

As regiões do Algarve e Lisboa captaram 31,6 por cento e 26,5 por cento das dormidas totais, respetivamente, tendo as dormidas de residentes aumentado apenas nos Açores (+7,3 por cento).

Em abril a estada média de 2,62 noites reduziu-se 3,1 por cento por efeito quer dos residentes (-2,9 por cento), quer dos não residentes (-3,5 por cento), com a maior redução a registar-se na Madeira (-7,6 por cento), onde ainda assim se verificou a estada média mais elevada (4,62 noites).

O INE assinala ainda a redução da taxa líquida de ocupação-cama (49,9 por cento) em 4,7 pontos percentuais em abril e a desaceleração “acentuada” dos proveitos totais e de aposento face a março (+2,0 por cento e +2,1 por cento, respetivamente, para 276,7 e 199,9 milhões de euros).

Entre as várias regiões, destacaram-se os aumentos de proveitos nos Açores (+6,3 por cento nos proveitos totais e +9,1 por cento nos de aposento), Lisboa (+6,6 por cento e +7,9 por cento, respetivamente) e Norte (+6,6 por cento e +6,2 por cento, pela mesma ordem).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi 47,4 euros em abril, o que se traduziu num aumento de 1,0 por cento (+17,8 por cento em março), com os valores mais altos a surgirem em Lisboa na Madeira (81,9 euros e 56,0 euros, respetivamente).

Por tipologia, o INE destaca o aumento do RevPar nos aldeamentos turísticos (+13,1 por cento), a redução nos hotéis-apartamentos (-2,8 por cento) e a estabilização nos hotéis.

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