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Homicídio de Anna Politkovskaya: Perpétua para dois e liberdade para o mandante

politkovskaya 210politkovskayaA jornalista Anna Politkovskaya foi assassinada em 2006, mas só hoje o tribunal se pronunciou. Makhmudov e Gaitukayev foram condenados à prisão perpétua e três outros arguidos foram condenados a penas entre os 12 e os 20 anos. Em liberdade está quem ‘encomendou’ o homicídio.

Cinco homens ficaram hoje a saber as penas que vão cumprir pelo homicídio de Anna Politkovskaya, a jornalista assassinada em 2006 por divulgar as violações dos direitos humanos por parte da Rússia, no território da Chechénia.

O quinteto tinha sido condenado em maio, mas só hoje é que o tribunal revelou a sentença.

Os juízes atribuíram a pena mais pesada para Gunman Rustam Makhmudov e Lom-Ali Gaitukayev (tio do primeiro), ambos de origem chechena: prisão perpétua.

Dois irmãos de Makhmudov foram condenados a penas de prisão de 12 e 14 anos, enquanto Sergei Khadzhikurbanov, que era polícia em Moscovo, foi considerado cúmplice e recebeu uma condenação de 20 anos de prisão.

Em liberdade continua a pessoa que ‘encomendou’ o silenciamento da jornalista.

Para o filho de Anna Politkovskaya, a prioridade devia ter sido essa: apurar quem foi o mandante do crime.

“Para nós, a coisa mais importante é encontrar a pessoa que ordenou a sua morte”, afirmou Ilya Politkovsky, ao comentar as sentenças para a agência de notícias estatal, a ITAR-Tass.

A resposta veio do porta-voz do Comité de Investigação da Rússia, Vladimir Markin, que referiu haver “medidas exaustivas em curso” para identificar o mandante.

Anna Politkovskaya era uma voz demasiada incómoda para o Kremlin pelos constantes trabalhos jornalísticos sobre a violação de direitos humanos na Rússia, em especial na Chechénia.

A jornalista foi abatido a tiro, em 2006, no elevador do prédio onde morava, em Moscovo.

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