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Homicida de Toulouse transportava uma câmara e gravou tiroteio

toulouse_atentadoAlguns relatos feitos por testemunhas do atentado de ontem em Toulouse, França, que retirou a vida a três crianças e um adulto, dão conta de que o homicida transportava consigo uma câmara, que lhe permitiu gravar os crimes junto a uma escola judaica. Ministro do Interior sublinha que este facto é revelador de caráter do criminoso, que continua a ser procurado

O suspeito da morte de três crianças e um professor, em Toulouse, que seguia de moto e disparou indiscriminadamente na direção de uma escola judaica transportava uma câmara que lhe permitiu gravar a cena, segundo garantem algumas pessoas que assistiram aos crimes.

O Governo francês já comentou este desenvolvimento. “O facto de ele ter filmado a cena, para a rever ou para a difundir, confirma que se trata de alguém particularmente insensível”, refere Claude Gueant, ministro do Interior de França.

Também já não há dúvidas que o homicida da moto é a mesma pessoa que na passada semana tirou a vida a três militares, usando os procedimentos semelhantes (seguia de moto) e a mesma arma. As investigações de balística permitiram determinar que o revólver usado era o de calibre 45, nos dois casos.

O Presidente Nicolas Sarkozy elevou o alerta de terrorismo na região para nível máximo e promete desenvolver todos os esforços para capturar o suspeito. “Isto é uma tragédia nacional. Será feito tudo para encontrar o assassino”, disse Sarkozy, citado pela agência Lusa.

Entretanto, vive-se um clima de medo, em Toulouse, com as comunidades judaicas mais suscetíveis. Aumentou a segurança, mas o receio é ainda maior. Os franceses prestam homenagens, depositando flores no local dos crimes. Nas escolas, cumprem-se dois minutos de silêncio.

O atentado ocorreu ontem. O homem disparou contra uma escola judaica de Toulouse, matando quatro pessoas: três crianças (de 3, 6 e 10 anos) e um professor (de 30 anos). O atirador, que seguia numa moto, abriu fogo contra as pessoas que se encontrava em frente à escola, segundo relata o procurador de Toulouse, Michel Valet.

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