David McCallum saiu ontem da prisão, 29 anos depois da condenação por sequestro e homicídio. A sentença foi anulada pelo juiz Matthew D’Emic, para quem o então adolescente de 16 anos fez uma falsa confissão.

Em 1985, David McCallum e Willie Stuckey, dois adolescentes de 16 anos de Nova Iorque (EUA), foram condenados a 25 anos de prisão e a prisão perpétua pelo sequestro e homicídio de Nathan Blenner, um jovem de 20 anos, em Queens.

Passados 29 anos, David McCallum deixou a prisão, mas não por ter cumprido a pena. A sentença foi anulada por um juiz do Supremo Tribunal de Brooklyn, Matthew D’Emic, a quem o preso revelou ter feito, nesse ano de 1985, uma falsa confissão.

McCallum saiu ontem da prisão, onde passou 29 anos pela alegada autoria da morte de Nathan, que na época foi encontrado por crianças num baldio de Queens, abatido com um tiro na cabeça.

Stuckey não teve tanta sorte, acabando por morrer enquanto cumpria a pena.

Quando o juiz Matthew D’Emic anulou a sentença, David McCallum estava na companhia da mãe, que lhe segurava a mão, sentada no mesmo banco do tribunal.

É a terceira vez este mês que um preso é libertado sem cumprir a totalidade da pena, nos EUA.

No dia 10, um tribunal de Los Angeles inocentou uma mulher que esteve presa durante 17 anos por um homicídio que não cometeu: a sentença fora baseada num testemunho falso.

Dois dias antes, um tribunal do Texas foi ao ‘corredor da morte’ da prisão de Huntsville libertar um homem, que passou nove anos preso quando sempre esteve inocente.