A crise da dívida europeia chegou à Holanda. Mark Rutte, primeiro-ministro, não aguentou a tensão e demitiu-se do cargo, depois de falhar um acordo com a oposição.
O primeiro-ministro demitiu-se do cargo, durante a tarde de ontem, após um acordo falhado com os líderes da oposição, no qual constava a aprovação de um pacote de austeridade no valor de 16 mil milhões de euros.
A queda do governo holandês e derrota eleitoral de Nicolas Sarkozy agravaram os mercados europeus e geraram pânico, após a entrada da Espanha em recessão, comprovada com dados oficiais.
Após uma reunião de emergência, com a rainha Beatriz, a qual durou toda a manhã, Mark Rutte, apresentou a sua demissão, com a aprovação da rainha.
A Holanda terá agora eleições antecipadas, para escolher um novo órgão governamental, cenário este que está a ter efeitos nos mercados. Os juros da dívida holandesa apresentaram ontem os mais altos níveis, só ficaram no lugar de topo a Grécia e a Hungria. Nos títulos a 10 anos a ‘yield’ destacou-se a 10 pontos base, mas continua em terreno firme a 2,407 por cento.