Hoje foi um dia “particularmente infeliz para a democracia” portuguesa, diz Rui Rio

O presidente do PSD, Rui Rio, considerou que hoje foi “um dia particularmente infeliz para a democracia portuguesa”, referindo-se às audições parlamentares do ministro da Defesa e do ex-ministro Manuel Pinho.

“Hoje veio cá o ministro da Defesa tentar explicar o que até à data é inexplicável. E, ao que me é dito pelos deputados, não explicou rigorosamente nada”, criticou, numa intervenção no jantar de final de sessão legislativa do grupo parlamentar do PSD.

Para Rio, se o ministro Azeredo Lopes – que disse na comissão de Defesa não ter sido informado sobre a alegada discrepância entre o material furtado há um ano em Tancos e o que foi recuperado – nada esclareceu, “foi porque não quis, ou coisa pior, porque ele próprio também não sabe”.

Ainda mais simples de entender pelos portugueses, defendeu, foi a audição do ex-ministro Manuel Pinho, ouvido hoje em comissão parlamentar, a pedido do PSD, que pretendia esclarecer se o antigo titular da pasta da Economia teria ou não recebido dinheiro do Grupo Espírito Santo, através de ‘offshores’, no exercício de funções governativas.

“Teve oportunidade de vir ao parlamento dizer se era verdade ou mentira e disse que não respondia. Dá-me ideia que, ao não responder, respondeu”, afirmou, recebendo o primeiro aplauso dos deputados do PSD.

Rui Rio considerou que, se Manuel Pinho “não pôde responder”, nem será necessário voltar ao parlamento para responder sobre este assunto.

“Estamos esclarecidos sobre a matéria”, disse.

Num jantar em que teve presente grande parte da sua comissão política nacional – numa longa mesa de honra com 27 lugares -, Rio defendeu que “há cada vez mais portugueses a perceberem a fragilidade da atual solução governativa”.

“A vida tem-me ensinado muitas coisas e uma das coisas que me tem ensinado é a gerir o tempo: não podemos ter razão antes de tempo”, afirmou, considerando que, no início deste Governo, as críticas do PSD podiam ser mais difíceis de compreender devido à “situação mais folgada” na economia.

Rio fez contas e calculou que não estava na sala onde decorreu o jantar desde dezembro de 2001, depois de ter vencido as eleições autárquicas no Porto e deixado o lugar de deputado.

“Estamos num momento claramente de viragem em que a próxima sessão legislativa é também a mais importante”, alertou os deputados, referindo-se à proximidade das eleições legislativas do outono de 2019.

Lusa

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