Mundo

Hoje é o Dia Mundial da Asma e há motivos para refletir sobre a doença

A Associação Portuguesa de Asmáticos vai promover uma campanha de sensibilização para a asma grave com o objetivo de melhorar a informação junto dos doentes e aumentar o controlo desta doença.

A campanha com o mote ‘Eu tenho a asma grave na mão’ insere-se nas comemorações do Dia Mundial da Asma, que se assinala neste dia 3 de maio.

“Quando a asma não está controlada, os doentes sentem uma limitação da sua qualidade de vida, sendo a doença causa frequente de faltas à escola ou ao trabalho, recursos ao serviço de urgência e internamentos hospitalares. Por isso, se toma medicação de crise (“SOS”) mais do que uma vez por semana, se tem mais do que uma noite mal dormida por mês e mais do que uma crise asmática por ano é possível que a sua asma não esteja controlada, pelo que deve consultar o médico”, alerta Mário Morais de Almeida, imunoalergologista e presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos.

Desconhecimento da gravidade da doença condiciona qualidade de vida dos doentes

A limitação da qualidade de vida, incluindo da realização de atividades desportivas, é frequente. “Tosse, pieira ou dificuldade em respirar desencadeadas pelos esforços físicos, riso ou choro são características de uma asma que não está controlada”, esclarece Mário Morais de Almeida.

Estima-se que a asma afete cerca de 700 mil portugueses, sendo que 10 por cento correspondem a casos de asma grave, os quais são responsáveis por mais de 50 por cento dos custos totais desta doença. Esta doença é ainda responsável por mais de 50 mil hospitalizações por ano, na Europa.

A asma surge frequentemente na infância, embora possa manifestar-se em qualquer idade.

“Infelizmente falta com frequência o diagnóstico, isto é, o reconhecimento das queixas que poderiam levar à indicação de um programa de prevenção, com a utilização de medicamentos, entre outras medidas. Por outro lado, quase metade dos doentes já diagnosticados estão mal controlados. E para controlar melhor é preciso tratar melhor e, infelizmente, quase 80 por cento dos casos de asma grave não cumprem bem a medicação ou não têm acesso à medicação mais eficaz”, conclui o presidente da Associação Portuguesa de Asmáticos.

A campanha ‘Eu tenho a asma grave na mão’ resulta de uma parceria entre a Associação Portuguesa de Asmáticos e a Novartis.

A Associação Portuguesa de Asmáticos tem como objetivo chamar a atenção dos doentes, profissionais de saúde e do público em geral para a asma como um problema global de saúde pública, aumentando a literacia sobre esta importante doença.

Em destaque

Subir