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HIV: Aumento das infeções nas pessoas mais velhas pode significar uma subida do diagnóstico tardio

sidaCerca de um terço dos casos de HIV detetados o ano passado eram já de sida e um quarto das infeções ocorreu nas idades superiores a 50 anos. Os dados de 2012 podem representar um aumento da infeção entre as pessoas mais velhas ou uma subida dos diagnósticos tardios.

No ano passado, foram registados em Portugal 776 novos casos de infeção pelo vírus da imunodeficiência humana, conhecido pela sigla internacional HIV. Os dados foram apresentados hoje pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA) e revelam duas grandes tendências: um aumento dos casos em que a infeção foi detetada já no estádio sida e em pessoas com idade superior a 50 anos.

Dos 776 novos casos, 247 (quase um terço) estavam já no estádio sida e 205 (26,4 por cento dos casos) em pessoas com idade superior a 50 anos, apesar da mediana se ter situado nos 41 anos. A associação destes números demonstra, segundo os especialistas, que o diagnóstico precoce está a falhar: os novos casos são registados em estádios mais avançados. “Há que fazer um esforço para o diagnóstico precoce”, admitiu Helena Cortes Martins, a responsável pela apresentação do relatório: “o diagnóstico tardio compromete o tratamento”.

Quanto à forma de transmissão do vírus, a via heterossexual continua a dominar, com 63,1 por cento, mas entre os homens continua a crescer, sustentadamente, o número de casos por transmissão homossexual: a percentagem em 2012 foi de 24,1 por cento. Em contrapartida, desceu a idade em que a infeção foi diagnosticada, com a mediana a situar-se agora nos 35 anos.

Segundo o INSA, no ano passado houve 42.580 portadores da infeção com HIV, dos quais 17.373 em estádio de sida. Morreram 192 pessoas que estavam infetadas. Dos 776 novos casos, 41,1 por cento residiam no distrito de Lisboa. Entre os seropositivos, a pneumonia por Pneumocystis jiroveci foi a patologia mais comum. 

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