Economia

Histórico socialista critica a pouca ambição no investimento público

João Cravinho considera que o investimento público é “muito baixo”. “Porque razão estamos a ser ultrapassados pelos países de leste? Porque fizeram um investimento muito superior, de 20 por cento do PIB”, alertou o histórico socialista.

No comentário para a TSF, Cravinho lamentou que o tema seja “relativamente ignorado” quando se discute o Orçamento de Estado para 2018.

“Tem havido muita afirmação sobre correção de rendimentos, o que se compreende e é justo, mas tem-se esquecido uma variável fundamental para o futuro do país, que é o investimento público”, desabafou João Cravinho.

“É consensualmente entendido como absolutamente decisivo para a criação de condições que permitam não só melhorar diretamente as condições de vida da população como vem criar uma competitividade do país, uma dotação de infraestruturas e meios que por sua vez permitem a produtividade acrescida do investimento privado”, lembrou.

É preciso deixar “a definição de contabilista” e lembrar que o financiamento “da investigação” e “do ensino superior” também são investimento público, insistiu ainda o histórico socialista.

“As coisas são graves, não vale a pena escamotear com jogos de percentagem e estatística. (…) A única coisa que tem vindo a público é a ideia de que o Orçamento de 2018 teria uma dotação na ordem dos 3,7 mil milhões, o que corresponde a 1,9 do PIB. Isto é muitíssimo pouco (…) Na União Europeia, a média é 50 por cento superior a isso. Nós somos dos países que menos investem, se não formos o último somos o penúltimo”, alertou João Cravinho.

“Porque razão estamos a ser ultrapassados pelos países de leste? Porque fizeram um investimento muito superior, de 20 por cento do PIB”, reforçou.

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