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Hiroshima: Milhares prestam homenagem às vítimas, 67 anos depois da tragédia

A cidade japonesa de Hiroshima presenciou hoje a homenagem de milhares de pessoas às vítimas da primeira bomba atómica, lançada naquela cidade a 6 de agosto de 1945. Entre os apelos à paz e à não proliferação de armas nucleares, foi a sombra da mais recente tragédia de Fukushima, a que marcou maior presença.

Dezenas de milhares de pessoas reuniram-se hoje, no Parque Memorial da Paz de Hiroshima, para prestarem homenagem às vítimas da primeira bomba atómica da História. Às 08:45 (hora local), o sino marcou o início de um minuto de silêncio, no momento preciso em que, 67 anos antes, o bombardeiro americano Enola Gay lançou a bomba que mataria 140 mil pessoas e que colocaria o nome da cidade na lista dos acontecimentos mais trágicos da história da Humanidade.

Das milhares de pessoas que prestaram homenagem às vítimas, encontravam-se sobreviventes, familiares, membros do governo e muitos dos que, na sombra da mais recente tragédia de Fukushima, apelaram ao fim da utilização da energia nuclear.

Numa dessas manifestações, que reuniu cerca de 700 pessoas, estavam habitantes da zona próxima da central nuclear de Fukushima. São vozes que fazem parte de um movimento, crescente no país, de luta antinuclear. “Queremos trabalhar com as pessoas de Fukushima. Juntar as nossas vozes para que o nuclear nunca mais faça vítimas”, disse à AFP um dos sobreviventes, Toshiyuki Mimaki, de 70 anos.

Outro dos grupos de contestação juntou-se em frente da sede da Chugoku Electric Power, uma companhia de eletricidade local, a gritar alto para o primeiro-ministro, “Noda demite-te, abaixo a energia nuclear.”

Há pouco mais de um mês, o primeiro ministro japonês, Yoshihiko Noda, decidiu reativar dois dos 50 reatores nucleares que se encontravam encerrados, desde os acontecimentos de Fukushima, de março do anos passado. Perante a hipótese de mais centrais serem reabertas, com o objetivo, segundo o chefe do executivo, de colmatar a penúria energética do país, as autoridades locais fizeram um apelo à utilização de outras formas de energia.

Peço ao governo para desenvolver, sem demoras, uma política energética que preserve a segurança dos habitantes”, lançou o presidente da câmara de Hiroshima, Kazumi Matsui. Em resposta, o primeiro-ministro admitiu estar em marcha uma política mista, “graças à qual as pessoas poderão sentir-se em segurança a médio e longo prazo.”

O bombardeamento de Hiroshima foi seguido, três dias depois, pelo de Nagasaki, que fez, pelo menos, 70 mil mortos. Estes ataques precipitaram a capitulação do Japão e marcaram o fim da Segunda Guerra mundial, no dia 15 de agosto de 1945.

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