Motores

Hipercar perfila o futuro do ‘Mundial’ de Resistência

O regulamento Hipercar, que é apontado como o futuro do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC) a partir de 2020/2021, foi finalmente divulgado no Conselho Mundial da FIA.

Trata-se de um conceito que faz restringir um pouco a aerodinâmica dos protótipos, ao mesmo tempo que encoraja a diversidade ao nível das motorizações, mas também as restringe a 707 cv, incentivando motores elétricos no lugar dos sistemas híbridos.

A utilização de dois sistemas híbridos continua a ser autorizado, mas agora pede-se que essas soluções não permitam qualquer vantagem. As baterias deverão pesar no mínimo 70 kg e o motor elétrico o mínimo de 50 kg. Os sistemas híbridos devem estar obrigatoriamente disponíveis ao preço de três milhões de euros (por época para dois carros).
Evoluções dos Hipercars serão limitadas. Haverá a possibilidade de um construtor homologar um carro novo num período de cinco anos, de modo a responder às expetativas de marketing das marcas.

Os testes por época serão limitados e fortemente reduzidos e relação ao regulamento atual. O pessoal deverá ser composto por um máximo de 40 pessoas por carro. E fora da Europa haverá acesso aos carros apenas quando houver provas, de modo a limitar os testes e operações dispendiosas, obrigando as equipas a gerir bem os orçamentos e os recursos humanos. O fornecedor de pneus será único, sendo que haverá três especificações – um para seco e duas para chuva.

Haverá lastros para equilibrar as performances, sendo adicionados 500g a cada ponto marcado até a um máximo de 50 kg. Este peso só vigorará até às 24 Horas de Le Mans, onde é retirado para a prova final do campeonato.
Haverá apenas um kit aerodinâmico disponível. Cada elemento variável não poderá oferecer mais do que duas posições disponíveis, escolhidas pelo piloto, durante um tempo inferior a um segundo. O peso mínimo sem combustível e piloto será de 2040 kg, com uma distribuição de peso que será de 48,5 % para a frente.

Os motores e os sistemas ERS devem ser baseados em elementos disponíveis em automóveis do dia-a-dia. Um mínimo de 25 exemplares deverá estar dotado do motor em causa, que devendo ser de viaturas produzidas até ao fim da época 2020/2021 e de 100 unidades até ao fim de 2021/2022. Esses motores terão ser homologados pelo ACO.

A arquitetura destes motores é livre mas a potência não pode ultrapassar os 690 cv. Até ao fim da temporada de 2021/2022 o consumo específico de carburante passará de 235 kg/kWh a 225 kg/kWh.

Sobre estes novos regulamentos a Toyota ainda pouco disse, ainda que a marca tenha revelado no começo deste ano imagens daquele que poderá ser o seu Hipercar, o GR Supersport (segunda foto). Para já os responsáveis da marca nipónica dizem que estão a estudar o regulamento em detalhe, avaliando e planificando aquilo que fará para a temporada de 2020/2021. Fala-se que McLaren e Aston Martin poderão aderir à nova categoria, sendo que a Ferrari apenas se mostra interessada em modelos GT, que é o que comercializa.

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