A morte voltou aos Himalaias. Pelo menos 17 montanhistas foram apanhados por um desmoronamento de terras no Annapurna, no Nepal. Noutro monte do mesmo país, o Dhaulagiri, há cinco desaparecidos na sequência de uma avalanche.
A morte voltou a assombrar a maior cordilheira da Terra, os Himalaias. A passagem do ciclone Hudhud pela região levou a vários acidentes nas montanhas.
Só no Nepal foram registados um desmoronamento de terras no Annapurna, que levou 17 pessoas para a morte, e uma avalanche no Dhaulagiri, com cinco desaparecidos.
De acordo com fontes oficiais do Nepal, citadas pela agência Efe, o acidente no Annapurna apanhou guias e turistas que faziam ‘trekking’ junto à passagem Throung A, no ponto mais alto do circuito (a uma altitude de 5419 metros).
Niranjan Shrestha, porta-voz do exército nepalês, revelou que já foram identificadas a maioria das vítimas: quatro canadianos, dois polacos, um israelita, um indiano e um nepalês.
Os militares conseguiram resgatar, de helicóptero, outros 38 montanhistas que ficaram presos pelo desmoronamento de terras.
Segundo os registos, havia no Annapurna (8091 metros de altitude) 168 montanhistas e alpinistas estrangeiros.
Também no Nepal, mas no Dhaulagiri, a sétima montanha mais alta do mundo (8167 metros), continuam desaparecidas cinco pessoas.
São dois alpinistas eslovacos e os três sherpas nepaleses, que devem ter sido apanhados quando uma avalanche atingiu o acampamento base.
“As possibilidades de encontrá-los vivos são muito baixas”, reconheceu Sonam Sherpa, da agência de montanhismo que organizou a expedição.
A morte não gosta de ficar longe dos Himalaias. Ainda no mês passado, um alemão e um italiano perderam a vida ao tentar conquistar a 14.ª montanha mais alta do mundo, o Shishapangma (8013 metros de altitude).
O ciclone Hudhud atingiu o Nepal quando o turismo do país se encontra na época alta, devido aos ‘chamamentos’ dos Himalaias.
Na vizinha Índia, o Hudhud provocou 24 mortos.