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O que é uma hérnia umbilical, a causa para a cirurgia de Marcelo?

Portugal foi hoje apanhado de surpresa com o internamento do Presidente da República. Mas, afinal, o que é uma hérnia umbilical, o motivo que levou Marcelo a ‘ir à faca’?

Comecemos por partes, explicando o que é a hérnia. É que há de vários tipos, para além da umbilical: pode ser discal, inguinal ou femoral, por exemplo.

A hérnia é um desvio de um órgão, que se projeta parcialmente para um espaço vizinho.

Esse espaço pode estar vazio, por defeito congénito, ou pode ter ficado debilitado pelo enfraquecimento dos tecidos ou pelo esforço desenvolvido pela pessoa.

Na fase inicial, a hérnia vai ocorrendo sem apresentar sintomas. Com o tempo, a parte do órgão que sai do espaço natural para invadir outro começa a pressionar os tecidos envolventes, criando a sensação de dor.

No caso da hérnia umbilical, a que afeta Marcelo Rebelo de Sousa, acontece quando a parede abdominal fica debilitada, ao nível do anel umbilical, e parte do intestino (ou outro órgão na cavidade abdominal) começa a se projetar, criando uma saliência para o exterior.

Com a expansão, a hérnia umbilical pode ficar encarcerada, uma complicação que levou à antecipação da cirurgia ao Presidente da República.

O termo “encarcerada” aplica-se quando a hérnia não pode ser ‘empurrada’ de volta para o espaço original e, em simultâneo, se encontra fisicamente constrangida, o que reduz o fluxo da circulação sanguínea.

Quando esse encarceramento é tal que interrompe a circulação do sangue, a hérnia evolui para “estrangulada”, complicação que provoca a morte dos tecidos (por falta de sangue) e é potencialmente fatal.

Em situação normal, a cirurgia corrige a hérnia (recolocando o órgão na forma correta) e o paciente recebe alta em menos de 24 horas.

A recuperação demora cerca de uma semana, embora maiores esforços físicos só possam ser feitos passados 15 dias.

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