O 34.º homem mais rico do mundo vai reservar quase toda a monumental fortuna para que, após a sua morte, seja entregue à caridade. São cerca de 29 mil milhões de euros que o príncipe saudita Alwaleed bin Talal vai deixar para fins sociais, cumprindo “uma parte intrínseca da minha fé”.
A fortuna do príncipe Alwaleed bin Talal, filho do Rei da Arábia Saudita e detentor daquela que é, segundo a revista Forbes, a 34.ª maior do mundo, vai ficar para a caridade.
Foi o próprio príncipe saudita quem revelou que, após a sua morte, todo o património (avaliado em mais de 29 mil milhões de euros) pessoal será aplicado em causas sociais, como “a promoção do entendimento cultural”, o “empoderamento das mulheres” e “ajuda humanitária vital em caso de desastre”.
“Isto é separado da minha participação na Kindgom Holding”, explicou bin Talal, referindo-se ao grupo de que é proprietário e que tem participações em firmas como a cadeia hoteleira The Four Seasons, o grupo de comunicação News Corp (dono dos jornais The Times e The Wall Street Journal), o Citigroup e até no Twitter e na Apple.
“A filantropia é uma responsabilidade pessoal, na qual eu embarquei há mais de três décadas e é uma parte intrínseca da minha fé”, complementou o príncipe, em comunicado, revelando ainda que se inspirou no exemplo da fundação criada Bill e Melinda Gates.
O criador da Microsoft, o habitual líder da lista de multimilionários da Forbes, elogiou a decisão do 34.º homem mais rico do mundo como “uma inspiração para todos nós que trabalhamos com filantropia no mundo”.
Segundo a imprensa económica, a ‘herança’ de Bin Talal para a caridade será gerida e aplicada pela Alwaleed Philanthropies, a fundação criada pelo príncipe e que já terá recebido mais de 3,5 mil milhões de dólares em donativos do próprio fundador.
O anúncio foi feito ainda durante o Ramadão, o período religioso em que os muçulmanos devem promover os valores da caridade e da ajuda a quem mais precisa.