Heloísa Apolónia esteve esta manhã no Barreiro a visitar “um hospital referência na oncologia” e confessou-se “apavorada com o que ouvi da boca de pessoas concretas que estão sofrer com a falta de recursos humanos”. A deputada de Os Verdes vai exigir explicações ao ministro da Saúde.
“Com vidas humanas não se brinca”, declarou Heloísa Apolónia, após a visita ao Hospital do Barreiro. A deputada de Os Verdes confessou-se “apavorada” com os relatos recolhidos: “fiquei apavorada com o que ouvi da boca de pessoas concretas que estão sofrer com a falta de recursos humanos no Hospital do Barreiro, um hospital referência na oncologia. O que se percebe é que a administração e o Ministério da Saúde procuram um esvaziamento e fragilização da resposta que o hospital está a dar, retirando o rótulo de referência”.
“Com vidas humanas não se brinca e estamos a falar de pessoas que podem ou não viver face às respostas que o hospital tem para dar. Isto são atos politicamente criminosos”, criticou a Apolónia, deixando a garantia que vai exigir explicações ao ministro da Saúde, Paulo Macedo.
Na visita esteve também uma promotora da recolha de assinaturas para o reforço da oncologia no Hospital do Barreiro. Com mais de 5.000 nomes na lista, o documento já foi entregue à Assembleia da República, o que é insuficiente para que Cristina Santos acredite que a admissão de um oncologista seja uma realidade a breve prazo: “não tenho esperança de que a contratação seja feita na próxima semana e já o devia ter sido há muito”.
“A minha família virá a saber da doença que tenho, pois não o sabia, mas há que lutar arduamente. Os doentes oncológicos não pretendem destruir serviços de outros hospitais, mas temos que salvaguardar os interesses dos doentes oncológicos. Não vamos aceitar que se poupe e que nos deixam morrer”, afirmou a utente.
Heloísa Apolónia, depois de reunir com o responsável pela Unidade de Oncologia, com utentes e com a Associação de Doentes com Patologia Mamária, continuou o périplo pelo Barreiro, visitando o polo ferroviário.
“O património está degradado, numa zona de grande interesse, onde se podem desenvolver inúmeras atividades, assim haja imaginação e vontade política. Verificamos uma negligência da CP – Comboios de Portugal e Refer – Rede Ferroviária Nacional sobre o património e, quanto mais degradação se sujeitar, mais caro será a recuperação”, comentou a deputada.
