Foi descoberta uma espécie de polvo, o ‘Graneledone boreopacifica’, que se destaca pelo (muito) tempo de incubação dos ovos, num processo que pode durar entre quatro a cinco anos.
De acordo com uma investigação da autoria deo Instituto Monterey Bay Aquarium, (publicada na revista Plos One), este processo de incubação de ovos é feito a cerca de mil metros de profundidade, no Oceano Pacífico.
Este trabalho agora divulgado foi feito entre maio de 2007 a setembro de 2011. Aquele instituto fez uma observação de diversos polvos daquela espécie.
Com recurso a submarinos não tripulados, puderam verificar que as fêmeas acompanham de perto os seus ovos ao longo de mais de 53 meses, o que corresponde a um período superior a quatro anos.
Não se trata, segundo sustentam os investigadores, de um período de incubação – como aquele que é feito pelas aves, amplamente conhecido – mas de uma espécie de proteção dos ovos, até ao nascimento da cria.
A mãe-polvo nunca abandona os ovos e também não foi vista a alimentar-se, o que provoca uma perda de peso gradual e leva a que a pele do polvo fique pálida e flácida, o que foi observado pelos cientistas.
Grande maioria das fêmeas apenas põem ovos uma vez na vida, sendo que morrem após a eclosão.
Os polvos recém-nascidos daquela espécie não são indefesos e quando nascem já são capazes de sobreviver de forma autónoma, sem depender da mãe.
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