Mundo

Há tanques na Ucrânia? Militares dizem que sim, o Ministério nega

tanques Um porta-voz das tropas ucranianas afirmou que 32 tanques russos invadiram o leste da Ucrânia. O Ministério da Defesa ucraniano nega. Da parte da NATO, um oficial não identificado revela que “forças russas e tanques estão a atravessar a fronteira da Rússia para a Ucrânia”.

A Ucrânia e a Rússia continuam em guerra… de palavras. A batalha, hoje, foi no interior das próprias forças ucranianas.

Em causa está uma afirmação dos militares colocados no leste do país (onde se encontram os grupos separatistas pró-Rússia) que foi negada pelo topo da hierarquia.

O porta-voz das tropas ucranianas, Andriy Lysenko, afirmou a pelo menos duas agências (Reuters e AFP) que 32 tanques russos, com o apoio de 30 camiões, tropas e equipamento, atravessaram a fronteira e entraram na Ucrânia.

“Os movimentos de equipamento militar e mercenários russos continuam nas linhas de combate”, assegurou Lysenko.

Mas o Ministério da Defesa ucraniano nega que tal tenha ocorrido, segundo um porta-voz citado, sem identificação, pela agência Interfax.

As afirmações dos militares ucranianos na região de Luthansk são corroboradas pela NATO, que tem monitorizado a região.

“Temos conhecimento de informações de que forças russas e tanques estão a atravessar a fronteira da Rússia para a Ucrânia e estamos a analisá-las”, afirmou uma fonte que, diz a Reuters, pediu o anonimato.

“Detetámos um aumento recente de movimentações de tropas russas na fronteira leste da Ucrânia”, complementou a mesma fonte.

A alegada “movimentação” russa surge um dia depois do Presidente Vladimir Putin ter reunido com o topo da hierarquia militar russa para, segundo o Kremlin, analisar a “deterioração” da situação nas regiões fronteiriças.

A Ucrânia tem reforçado as tropas no leste do país desde que, no domingo, o líder separatista Alexander Zakharchenko foi eleito, com 65,11 por cento dos votos, presidente da autoproclamada República de Donetsk.

A Rússia reconheceu o resultado de um sufrágio que, para a Ucrânia, não passou de “uma farsa”, isto nas palavras do Presidente ucraniano, Petro Poroshenko.

Em destaque

Subir