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Há pouco conhecimento sobre esta doença que pode levar à morte

Começa na tosse, cansaço e falta de ar. Pode terminar em morte. Pelo meio, a DPOC pode provocar depressão e limitar as atividades diárias. Saiba mais sobre esta doença pulmonar – cujo dia mundial se celebrou ontem.

A 18 de novembro assinala-se o Dia Mundial de Combate à Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica.

A tosse é comum. A falta de ar não é sinal de que se sofra de Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC). E por isso o diagnóstico nem sempre ocorre em devido tempo.

São sobretudo fumadores que padecem deste problema, que limita as atividades diárias, pode conduzir à depressão, ao cansaço e, em casos mais extremos, à morte.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) causa mais de três milhões de mortes em todo o mundo. Mas há ainda muito desconhecimento sobre o que é a DPOC.

A DPOC é uma das doenças respiratórias mais comuns, afetando 14 por cento da população portuguesa com mais de 40 anos.

As pessoas que vivem com esta doença pulmonar padecem de uma inadequada oxigenação do sangue, o que condiciona o normal funcionamento dos órgãos vitais como o cérebro, o coração, o fígado e o rim.

Trata-se de uma problema de saúde crónico e incapacitante que se carateriza pela falta de ar, tosse e aumento da produção de expetoração – com um grande impacto na qualidade de vida dos doentes a nível pessoal, profissional, familiar e social.

Rastrear continua a ser a palavra de ordem para prevenir este problema, que é, entre as mais devastadoras doenças, uma das mais ignoradas.

Quando a doença não é diagnosticada e tratada pode mesmo levar a uma situação irreversível, em que a qualidade de vida do doente é bastante afetada.

Numa fase já avançada, os doentes são incapazes de desenvolver as suas atividades normais, como por exemplo pentear o cabelo, conduzir ou subir escadas.

Fumadores e ex-fumadores com mais de 40 anos, o grupo de risco para o desenvolvimento da DPOC, continuam a ignorar os primeiros sintomas: tosse, expetoração e cansaço, fazendo com que a doença seja diagnosticada tardiamente.

A exposição persistente a fatores de risco, nomeadamente o tabaco, e as alterações a nível da estrutura da população mundial, cada vez mais envelhecida, fazem da DPOC uma das grandes ameaças da saúde

A DPOC carateriza-se por obstrução do débito aéreo (passagem de ar dificultada), acompanhada por dificuldade respiratória (dispneia) e aumento da produção de expetoração.

Um relatório recente do Observatório Nacional das Doença Respiratórias revelou que a DPOC mata 2400 portugueses por ano, sendo responsável por 10 por cento dos internamentos.

A falta de informação que constitui um dos principais fatores que justificam os elevados números de mortes em todo o mundo.

São cerca de quatro milhões as vítimas de doenças do foro respiratório como a DPOC que, em comparação com outras doenças graves, duplicou a sua taxa de mortalidade nos últimos trinta anos.

Por se tratar de uma doença cujos sintomas não são imediatamente visíveis, só através de campanhas de rastreio e de sensibilização será possível diagnosticar novos casos de DPOC e tratá-la antes da sua progressão.

Doenças respiratórias como asma, doença pulmonar obstrutiva crónica, cancro do pulmão, infeções respiratórias, tuberculose, são, no seu conjunto, das principais causas de morte no mundo.

Em Portugal, são já a quarta causa de mortalidade e afetam mais de 10 por cento da população.

São ainda responsáveis por mais de 80 mil internamentos por ano e 15 milhões de dias de baixa (enquanto os internamentos globais tem uma diminuição de por cento os internamentos por doença respiratória tiveram um aumento relativo de 12 por cento nos últimos anos).

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