No ano que agora termina ficaram retidos no Hospital Amadora-Sintra mais do dobro dos bebés, em comparação com o ano de 2011. Até aos últimos dias de dezembro, contaram-se 25 bebés que permaneceram naquela unidade de saúde, por ordem de um juiz. Há um ano, esse número ficou-se pelos 12, de acordo com dados avançados pelo jornal Público.
Tratam-se de bebés que nasceram no seio de famílias com profundas desestruturações e que por ordem judicial tiveram de ficar afastados dessas famílias, incapazes de garantir a segurança dos bebés.
O cenário de crise não explica tudo, já que há casos de bebés que estão retidos no Hospital Amadora-Sintra e não são membros de famílias pobres. A pobreza extrema determina algumas dessas decisões de juízes, mas também se contam casos de bebés que são parte de famílias onde há histórico de violência doméstica.
Os bebés que ficam retidos num hospital poderão ser devolvidos às famílias, entregues para adoção ou enviados para instituições de acolhimento. Será um juiz de um tribunal de família a decidir o futuro destas crianças.
A realidade do Hospital Amadora-Sintra relativamente a casos de retenção de bebés contrasta com o que se verifica no resto do país, onde o número de casos, entre 2011 e 2012, se manteve idêntico.
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