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Há menos casos de hepatite porque a água é melhor, mostra a ERSAR

A qualidade da água para consumo humano, novamente acima dos 98 por cento, levou à descida de vários indicadores clínicos, segundo o relatório do regulador. “À medida que a curva da qualidade da água vai subindo, a curva dos eventos vem descendo”, cita o documento.

A melhoria da água para consumo humano tem reflexos diretos na saúde, ao ponto de vários indicadores clínicos apontarem no sentido de uma descida das doenças. Essa relação é traçada pelo relatório anual “Controlo da Qualidade da Água para Consumo Humano”, da autoria da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR).

Mais do que a “confiança” com que as pessoas podem beber água da torneira, o documento “vem confirmar o excelente nível de qualidade da água que temos no país, com valores médios acima de 98 por cento”, como afirmou o presidente da ERSAR, Jaime Melo Baptista.

Em declarações à Lusa, o responsável destacou o “excelente resultado” ao nível da qualidade, “nomeadamente face aos países desenvolvidos da Europa”.

A elevada qualidade da água para consumo humano “tem um impacto na saúde pública”, realçou: “verificámos a evolução de doenças por via hídrica, como a hepatite. À medida que a curva da qualidade da água vai subindo, a curva dos eventos, por exemplo, da hepatite A, vem descendo”.

Os números comprovam essa relação: em 20 anos, a qualidade da água para consumo humano em Portugal passou dos 50 por cento para mais de 98 por cento, enquanto os novos casos de hepatite A desceram dos 600 por ano para menos de 10.

Quanto às situações de incumprimento na qualidade da água, o presidente da ERSAR salientou que a maioria dos casos “têm a ver com parâmetros que não põem em causa a saúde pública, como PH, o ferro ou o manganês”.

“Os restantes”, acrescentou, “que podem afectar a saúde pública, verdadeiramente não a colocam em risco porque, por lei, são imediatamente detectados, é informada a entidade reguladora e a entidade de saúde e é resolvido o problema de imediato”.

“Temos apenas pouco mais de um por cento de situações de incumprimento de qualidade da água face aos padrões muito exigentes da legislação comunitária”, destacou Jaime Melo Baptista.

É “no interior” do país, “com maiores carências de recursos humanos, técnicos e financeiros, que se concentram os incumprimentos ocorridos, essencialmente nas pequenas zonas de abastecimento, que servem menos de 5000 habitantes”, indica o relatório.

Como a água da rede pública tem qualidade “em qualquer sítio”, torna-se num fator que “valoriza a imagem do país, já que os visitantes procuram saber se é seguro beber água da torneira”, segundo o responsável da ERSAR.

O relatório anual foi apresentado no âmbito do Congresso Mundial da Água, a decorrer em Lisboa até amanhã.

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