A praia fluvial da Queda do Vigário, no concelho de Loulé, tem registado uma procura que excede em muito a lotação do espaço, provocando a indignação da aldeia e a revolta do presidente da Junta de Freguesia de Alte, António Martins.
“Tem havido uma média de 250 pessoas” numa área que, em contexto de covid-19, devia estar limitada a “umas 60 pessoas”, afirmou o autarca, em declarações ao Sul Informação.
A GNR é chamada ao local “todos os dias”, mas há “pessoas que não ligam” e continuam a arriscar a propagação da covid-19, dado ser impossível manter o distanciamento com tanta gente numa área reduzida.
“Como não há multas previstas, as pessoas não ligam tanto”, criticou o presidente da Junta.
“Até há casos de gente que finge que vai embora ao ver a GNR e depois regressa. O sítio não está classificado como praia fluvial, não há enquadramento legal e a única coisa que as autoridades podem fazer é a tal sensibilização”, reforçou António Martins.
Sem competência para interditar a praia fluvial, a Junta de Freguesia tem apelado à intervenção da Câmara de Loulé.
“Nós ainda não tivemos nenhum caso de covid-19 aqui porque todos temos sido responsáveis, mas depois veem-se aquelas centenas de pessoas na Queda do Vigário”, concluiu o autarca de Alte.
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