A África do Sul parou para celebrar o “pai fundador” da democracia. Nelson Mandela, o líder negro que derrubou o regime segregacionista do ‘apartheid’ e unificou o país, morreu há um ano. São várias as iniciativas que assinalam o desaparecimento do ‘Madiba’.
Há um ano, um homem morreu e todo um continente parou: talvez até o mundo inteiro. Hoje, a África do Sul volta a parar, lembrando o desaparecimento de Nelson Mandela.
São várias as iniciativas que, ao longo do dia, vão festejar a vida do ‘Madiba’ e a luta que desenvolveu contra o regime segregacionista do ‘apartheid’, culminada com a unificação do país.
“Todos os sul-africanos devem empenhar-se no progresso da África do Sul, em construir uma África do Sul melhor, uma África melhor e um mundo melhor, em memória do ícone do nosso povo, Nelson Mandela”, afirmou ontem, no lançamento das homenagens, o vice-presidente Cyril Ramaphosa.
Com o chefe de Estado ausente (Jacob Zuma está numa visita oficial à China), cabe a Ramaphosa dirigir a principal iniciativa, agendada para o Union Buildings (os ‘prédios da união’), a sede do Governo, em Pretória.
Para além da cerimónia oficial, quase todas as associações, instituições e movimentos cívicos da África do Sul vão assinalar a morte de Nelson Mandela, num ambiente de festa: foi a celebrar a vida do prémio Nobel da Paz que, no ano passado, o luto se prolongou por mais de uma semana.
A própria Presidência deu a sugestão para esse clima de festa, apelando a igrejas, mesquitas, templos, fábricas, escolas e condutores” que façam “soar as sirenes e buzinas” durante seis minutos e sete segundos, simbolizando os 67 anos da luta política de Nelson Mandela.
Graça Machel, a viúva do ‘Madiba’, e outros familiares já confirmaram que vão estar presentes nas cerimónias oficiais.
Nelson Mandela, o primeiro Presidente negro da África do Sul, morreu em Joanesburgo com 95 anos, na sequência de prolongada doença respiratória.
“A realidade ultrapassa o mito. Era nos pormenores, na maneira que tocava as pessoas, mesmo as que tinham opiniões diferentes”, salientou António Mateus, o correspondente da RTP na África do Sul quando, em 1990, o ‘Madiba’ saiu da cadeia.