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Há 69 anos, bomba atómica atingia Hiroshima, no Japão

hiroshimaO ‘Little Boy’ caiu em Hiroshima há 69 anos. Foi a primeira bomba atómica a ser usada e levou a que o Japão adotasse uma política pacifista. Hoje, quando se assinala o 69.º aniversário da tragédia, o ‘império do sol’ divide-se entre o desarmamento nuclear e a corrida às armas.

Às 08h15 de hoje no Japão, quando seriam 00h15 em Portugal continental, era possível ouvir o silêncio na cidade japonesa de Hiroshima. Foi a essa hora que, há 69 anos, o bombardeiro B-29 apelidado de Enola Gay, dos EUA, deixou cair o ‘Little Boy’: era a primeira bomba atómica a ser usada como arma.

No Parque da Paz, próximo ao local onde ocorreu a explosão nuclear, a população e várias personalidades (inclusive estrangeiras) prestaram um minuto de silêncio em respeito para com as milhares de vítimas da bomba de 6 de agosto de 1945

Seguiram-se os tradicionais discursos, com o autarca Kazumi Matsui a deixar um apelo ao Governo nipónico (de Shinzo Abe) e aos outros líderes mundiais, como o Presidente dos EUA: “trabalhem para conseguirem uma aproximação entre os países que possuem armas nucleares e o resto do mundo”.

Só assim será possível “um desarmamento total”, realçou Matsui, lembrando que no próximo ano, quando Hiroshima evocar o 70.º aniversário, o mundo vai rever o Tratado de Não Proliferação Nuclear.

A explosão atómica, a primeira a arrasar uma grande metrópole, levou a que o Japão adotasse uma Constituição pacifista. Só que, nos tempos mais recentes, o Governo nipónico tem promovido um reforço do papel das Forças de Defesa no âmbito da lei fundamental.

“O nosso Governo deve aceitar o facto de termos podido evitar a guerra durante 69 anos devido ao nobre pacifismo da Constituição japonesa”, argumentou o autarca de Hiroshima.

O primeiro-ministro, Shinzo Abe, esteve presente na cerimónia e ouviu o recado. Barack Obama, o Presidente dos EUA, deverá recebê-lo por intermédio da diplomata Caroline Kennedy, que também marcou presença, assim como representantes de 67 países.

Estima-se que tenham morrido 140 mil pessoas, vítimas do ataque brutal em 1945, que não foi único. O bombardeamento de Hiroshima foi seguido, três dias depois, pelo de Nagasaki, que fez, pelo menos, 70 mil mortos. Estes ataques precipitaram a capitulação do Japão e marcaram o fim da II Guerra mundial, no dia 15 de agosto de 1945.

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