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Guterres estreia-se amanhã na Assembleia Geral da ONU

O secretário-geral da ONU lidera amanhã pela primeira vez a Assembleia Geral das nações. António Guterres apresenta-se com a ambição – ou utopia – de reformar a instituição, a começar pelo Eixo de Paz e Segurança, o órgão que procura levar a diplomacia ao terreno da guerra.

É amanhã que arranca a 72.ª Assembleia Geral, a primeira sob a liderança de António Guterres. E ambição não falta ao dirigente português que o mundo conhece pela insistência na “via do diálogo”.

António Guterres quer começar o mandato de secretário-geral com uma simplificação do Eixo de Paz e Segurança, um órgão composto por três departamentos: Operações de Paz (DPKO, na sigla internacional), Assuntos Políticos (DPA) e Apoio à Paz (PBSO).

São três departamentos que muitas vezes coincidem nos cenários mais complicados, duplicando algumas respostas enquanto deixam outras por colmatar. E simplificar a capacidade de resposta do Eixo de Paz e Segurança, enquanto baixa a carga burocrática inerente, será o principal objetivo da reforma planeada por António Guterres.

Uma reforma que, aliás, vai de encontro ao desejo do principal contribuidor financeiro da ONU: os EUA, que serão pela primeira vez representados por Donald Trump.

idente americano, Donald Trump, criticou a “burocracia” das Nações Unidas no seu primeiro discurso numa reunião da organização nesta segunda-feira, 18.

“A ONU deve concentrar-se mais nas pessoas e menos na burocracia”, defendeu o Presidente norte-americano, que prefere “resultados” ao vácuo da negociações políticas.

“Em anos recentes, as Nações Unidas não alcançaram todo o seu potencial devido a burocracia e má gestão”, defendeu Trump, num elogio aos primeiros tempos de António Guterres: “Apesar do orçamento da ONU ter aumentado 140 por cento e o seu pessoal mais do que duplicou desde o ano 2000, não estamos a ver os resultados desse investimento. Mas sei que isso está a mudar com o secretário-geral e está a mudar rápido”.

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