O secretário-geral da ONU, António Guterres, concedeu uma entrevista ao Financial Times onde realizou uma retroespectiva sobre a saída de Portugal, a chegada ao cargo que ocupa atualmente e a relação com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
António Guterres acredita que, em Portugal, o seu nome surge envolvido em comentários positivos, mas apenas porque saiu do país. Praticamente um ano depois assumir o cargo de secretário-geral da ONU, o ex-primeiro-ministro português faz um balanço das conquistas e problemas que enfrentou.
“Quando saí do Governo em Lisboa, era atacado por muitas pessoas, mas eu não dizia nada”, revela, citado pelo Observador. “Agora, claro, toda a gente diz coisas boas sobre mim, mas só porque saí de Portugal”, atira Guterres.
Sobre os 11 meses de trabalho na ONU, António Guterres esclarece que a maior conquista foi ter “evitado uma disrupção com os Estados Unidos”, acrescentado que os EUA estão a “pagar todas as suas dúvidas”.
O secretário-geral da ONU reconhece que o presidente norte-americano é um “homem muito prático”, mas não esconde a preocupação sobre a Coreia do Norte, um assunto relacionado com Trump.
Guterres admite que a situação é “extremamente imprevisível”, mas confessa que as Nações Unidas podem ter uma palavra a dizer, ainda que de “forma muito discreta”.
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