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Guterres condena escalada da violência na Líbia e pede suspensão imediata dos combates

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres condenou, na segunda-feira à noite, a escalada da violência em torno da capital líbia, Tripoli, e pediu a suspensão imediata dos combates.

“[António Guterres] lembra que não há solução militar para o conflito na Líbia e pede a todas as partes que se envolvam imediatamente em diálogos para encontrar uma solução política” disse o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric.

Cerca de 2.800 pessoas foram forçadas a sair de Tripoli e arredores, devido ao recrudescer do conflito, com uma ofensiva militar do marechal Khalifa Hafter sobre a capital líbia, anunciou a coordenadora humanitária das Nações Unidas naquele país.

Pelo menos 32 pessoas morreram e outras 50 ficaram feridas desde o início da ofensiva do marechal Haftar contra a capital líbia na quinta-feira, revela um novo balanço do Ministério da Saúde do Governo de União Nacional.

Violentos combates nas proximidades de Trípoli opuseram no domingo as forças paramilitares do marechal Haftar, que quer conquistar a capital, e as tropas do Governo de União Nacional (GNA, sigla em inglês), administração líbia que é reconhecida pela comunidade internacional.

Os Estados Unidos pediram, entretanto, “um cessar imediato” da ofensiva do marechal Haftar e a União Europeia pediu o fim da ofensiva militar de Haftar para evitar guerra civil

As grandes potências não conseguiram ainda encontrar no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU) uma posição comum sobre a crise na Líbia.

Um país rico em petróleo, a Líbia ficou dilacerada após a queda do Presidente Muammar Kadhafi em 2011, que gerou múltiplos conflitos internos.

Entretanto, a ofensiva lançada na quinta-feira pelas forças do marechal Haftar, homem forte no leste do país que quer tomar Trípoli e estender seu domínio no oeste, marca uma clara degradação entre as duas principais forças que lutam pelo poder no país.

Os combates ocorreram no domingo ao sul de Trípoli, especialmente em Wadi Rabi e no perímetro do aeroporto internacional, uma infraestrutura não utilizada desde a sua destruição pelos combates em 2014.

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