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Guiné-Bissau/Eleições: ONU apela a partidos políticos para manterem calma e serenidade

A Missão Integrada da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (Uniogbis) apelou hoje à população e aos partidos políticos do país para manterem a calma e a serenidade.

“A Uniogbis apela à população e aos partidos políticos da Guiné-Bissau a que se mantenham calmos e serenos e expressa as suas mais sinceras condolências à família e aos entes queridos do falecido, e deseja uma rápida recuperação dos feridos”, refere, em comunicado à imprensa.

No sábado, uma manifestação de protesto, não autorizada pelo Ministério do Interior e organizada pela oposição política, contra a forma como estão a ser organizadas as presidenciais, terminou com um morto, três feridos e, pelo menos, três pessoas detidas, depois de ter sido dispersada pelas forças de segurança.

O Ministério do Interior anunciou a abertura de um inquérito para determinar as causas e circunstâncias em que ocorreu a morte do cidadão guineense.

Segundo o primeiro-ministro guineense, referindo-se ao relatório do médico legista, a pessoa que morreu não foi vítima de confrontos com as forças de segurança.

O Ministério Público da Guiné-Bissau anunciou também hoje que já abriu um processo crime para investigar as circunstâncias da morte de um manifestante no sábado.

“A Uniogbis congratula-se com a decisão do Ministério do Interior de iniciar um inquérito independente sobre as circunstâncias e as consequências da manifestação e aguarda com expetativa a sua pronta conclusão”, salienta.

No comunicado, a ONU refere também que “juntamente com outros membros da comunidade internacional” tem estado a acompanhar os preparativos para as eleições presidenciais, marcadas para 24 de novembro.

“O Uniogbis aproveita esta ocasião para renovar a sua expetativa de que as eleições presidenciais de 24 de novembro se realizem de forma livre, justa, credível e transparente e solicita às autoridades nacionais e a todos os atores políticos que continuem empenhados na preparação e promoção de um ambiente de paz social, estabilidade e respeito pelo Estado de Direito e pelos direitos humanos”, conclui o comunicado.

Na sequência dos acontecimentos registados no sábado, o Presidente da República guineense, José Mário Vaz, convocou para hoje à tarde o Conselho de Estado. Antes daquele encontro, o chefe do Estado vai reunir-se com os partidos políticos com assento parlamentar.

O primeiro-ministro, Aristides Gomes, também vai reunir-se hoje com os representantes no país da ONU, União Europeia, União Africana, Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).

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