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Guerra entre Espanha e Portugal pela área marítima das Selvagens

guerra pelas selvagens 210 A Espanha declarou guerra – diplomática – a Portugal. A proposta espanhol para o alargamento da plataforma continental inclui a área marítima das ilhas Selvagens. A soberania portuguesa sobre esse mar é ignorada com a referência de que a zona está “em disputa”, revela o El País.

Depois de Olivença, o mar das ilhas Selvagens: a Espanha terá assumido junto das Nações Unidas a intenção de (voltar a) roubar território cuja soberania pertence a Portugal.

A revelação, hoje avançada pelo El País, está sustentada na proposta de alargamento da plataforma continental que a Espanha apresentou junto da ONU.

Naquela que será “a maior ampliação de soberania desde Cristóvão Colombo” (nas palavras do coordenador do projeto, Luis Somoza Losada) está incluída a área marítima em redor das ilhas Selvagens, classificada como “em disputa” entre os países ibéricos

Segundo o El País, o projeto espanhol reconhecerá o território das ilhas como português, mas rejeitará que essa soberania se estenda pelo mar como zona económica exclusiva (ZEE). Isto significa que a Espanha pretende explorar eventuais recursos submarinos que existam nessa área.

A zona é definida, no projeto espanhol, como ‘terra de ninguém’ entre os arquipélagos português da Madeira e espanhol das Canárias. Sendo as Selvagens “rochedos” (no argumento espanhol), não teriam direito a área marítima (como acontece com as “ilhas”, no argumento português), pelo que na “divisão salomónica” a zona estaria incluída na metade pertencente a Espanha.

Assim, caso a ONU valide a pretensão dos espanhóis, a área marítima envolvente às portuguesas ilhas Selvagens seria parte da ZEE espanhola, como explica o artigo do jornal espanhol.

A proposta de alargamento da plataforma continental espanhola reclama junto da ONU uma ampliação de quase 300 quilómetros quadrados a oeste das Canárias. Porém, como referiu o El País, há um ‘canto’ de mar, com cerca de 10 mil quilómetros quadrados, que também é reivindicado na proposta de alargamento da plataforma continental apresentada por Portugal (em 2009), tendo por argumento a continuidade do subsolo já reconhecido como integrante do arquipélago da Madeira.

De acordo com o El País, a proposta espanhola deu entrada na ONU a 17 de dezembro.

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