Velocidade

GT Academy: Miguel Faísca responde a perguntas dos fãs

MiguelFaisca gtacad 1MiguelFaisca gtacad 600{loadposition inline}Há menos de um ano o PT Jornal entrevistou Hugo Araújo, o melhor português do GT Academy em 2012, por isso desta vez impunha-se saber como Miguel Faísca conseguiu ser o melhor… europeu na iniciativa conjunta da Nissan e da Playstation. Só que desta feita os fãs anteciparam-se.

Entre as várias questões colocadas ao português destacaram-se algumas mais interessantes, que por essa razão selecionamos, nomeadamente a que diz respeito ao número de horas que Miguel Faísca passou a jogar Playstation para se poder qualificar no GT Academy.

“Estava a estudar para os meus exames na faculdade, então tive de optar pela minha primeira prioridade. Só que estava desesperado para me qualificar. Não me sentia bem em não estudar para os exames, por isso esperei até eles acabarem. Depois disso só tive quatro dias para me qualificar na demo GT Academy, e assim joguei cerca de 10 horas por dia até chegar à liderança”, explica o jovem campeão português.

Como já se percebeu, os jogos de consola acabam por ser um bom treino para as pistas na realidade, com uma a chamar a atenção a Miguel Faísca, Suzuka. Mas no geral tudo no automobilismo sempre foi apelativo para o jovem português:

“Gosto da condução desde muito novo. A minha primeira palavra foi trator. Pedia ao meu pai para me deixar guiar e acho que é daí que vem a minha paixão. Não sei tudo sobre automobilismo mas adoro conduzir”, afirma.

Outra questão pertinente é o ‘segredo’ para se poder vencer a GT Academy. Mas Miguel Faísca garante que não houve propriamente uma estratégia: “Foi muito difícil mas não pensei muito nisso. Apenas dei um passo de cada vez, concentrando-me todos os dias para tentar ser o melhor. Tentei ser bom a guiar mas também dar-me bem com todos”.

Já em relação à preparação física necessária, o jovem português responde que se aplicou com afinco: “Fiz exercício quase todos os dias antes do Race Camp. Corria seis quilómetros depressa, mas quatro lentos, flexões em casa e andar de bicicleta entre 20 a 30 quilómetros todos os dias. Para a preparação de condução usei o carro do meu pai, que é um 4×4”.

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Relativamente à passagem das pistas virtuais para a realidade a maior diferença para Miguel Faísca é a forma como se encaram as duas coisas: “Na Playstation jogamos por diversão, enquanto na realidade temos de conduzir bem. Senão fizermos isso corretamente vamos magoar-nos. Tenho de estar muito concentrado e bem preparado fisicamente”.

“Vencer foi uma sensação muito boa. Não o esperava. Quando estava no pódio com os sete concorrentes após a corrida final olhei para baixo e os meus mentores Gonçalo (Gomes) e Lucas (Ordoñez) diziam “Tinhas de ganhar”, diz o jovem português.

A sensação de guiar carros de corrida também foi muito diferente daquilo que imaginava.”Ficam muito quentes e um pouco desconfortáveis, pois tudo é muito apertado e não temos muito espaço para nos mexermos. O ruído é muito mais assustador, mas acabamos por nos habituar. Mas é muito bom. O meu batimento cardíaco fica alto e é muito emocionante”, confessa.

Miguel Faísca diz ter alguma experiência no karting e ter feito algumas corridas em Portugal, mas que só as provas em Inglaterra o têm preparado para o que se vai seguir em 2014.

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