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Greve nas escolas marcada para o dia 7 de dezembro

Pessoal não docente pretende melhores condições de trabalho e um aumento de funcionários nas escolas, para fazer frente às novas exigências nas escolas, em virtude da pandemia.

Os trabalhadores não docentes das escolas vão realizar uma greve no dia 07 de dezembro para exigir mais funcionários e melhores condições de trabalho, criticando a falta de resposta do Governo, anunciou hoje o dirigente sindical Artur Sequeira.

Em conferência de imprensa junto ao Ministério da Educação, em Lisboa, o dirigente da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS), que convocou a greve, explicou que em causa estão reivindicações antigas como a falta de pessoal e a precariedade, problemas antigos que continuam sem resolução.

“Esta greve faz-se porque o Ministério da Educação e o Governo do PS não estão a responder com a necessidade e a responsabilidade com que deviam estar a fazê-lo para as escolas públicas estarem abertas”, disse, sublinhando que a federação é favorável à manutenção do ensino presencial.

Sobre a falta de pessoal, o dirigente sindical criticou a revisão da portaria de rácios, que vai permitir a contratação de mais 3.000 funcionários a partir de janeiro de 2021, denunciando que é insuficiente e não chega a todas as escolas.

“Nós temos 5300 escolas. Isto é brincar com os trabalhadores não docentes, é brincar com a escola pública, é brincar com os cidadãos que têm direito à escola pública e não aceitamos este processo”, criticou, atirando o número que a estrutura sindical considera necessário: 6000 novos funcionários.

Com este número, a FNSTFPS assume que algumas escolas cumprem o rácio previsto, mas Artur Sequeira assegura que a maioria tem menos funcionários do que previsto.

Na lista de motivos que justificam a greve, constam ainda o processo de municipalização que, segundo o sindicato, colocam os trabalhadores de diferentes escolas a trabalhar sob condições diferentes, a precariedade e as condições salariais dos trabalhadores.

“Se o Ministério da Educação quiser recuar esta greve, sabe muito bem quais são as respostas que tem de dar. Tem de encontrar soluções duradouras para estabilizar o corpo não docente das escolas”, afirmou o dirigente da FNSTFPS.

Artur Sequeira já tinha avançado à Lusa na segunda-feira a marcação desta greve sem precisar uma data.

O protesto acontece depois de uma outra greve convocada Sindicato de Todos os Professores (S.TO.P.) para a primeira semana de dezembro, entre 30 de novembro e 04 de dezembro, dirigida a docentes e não docentes.

Também a Federação Nacional de Professores (Fenprof) está a avaliar a hipótese de uma greve para as primeiras semanas de dezembro.

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