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Greve: João Proença estará presente “como sempre”, mas a UGT não porque “não houve respeito”

joao proencaA greve geral convocada pela GCTP para dia 14 vai ter a presença de João Proença, líder da UGT, mas não deste organismo. “Agora tentou-se impor um calendário e não houve respeito pela UGT”, justificou Proença, que recusa também a ideia de haver “uma greve geral europeia”.

A greve convocada pela CGTP para dia 14 de novembro vai ser geral e vai ter a presença do líder da União Geral dos Trabalhadores (UGT), mas não desta entidade. João Proença, em entrevista ao Sol, confirma que fará greve “como sempre fiz, quando o meu sindicato [a FESAP] decretou greves”, o que implica dar “indicações para me descontarem um dia de salário”, mas adianta que a UGT não poderia juntar-se a um protesto para o qual não foi convidada.

“Tem de haver discussão para objetivos comuns. Mesmo em 1998, na primeira greve geral, em que não havia relações entre a UGT e a CGTP, houve reuniões privadas. Agora tentou-se impor um calendário e não houve respeito pela UGT”, explicou o sindicalista. Será, talvez, uma participação em ‘diferido’, pois a central vai assegurar o apoio a todos os sindicatos afetos que decidam alinhar na greve geral.

Uma greve que será portuguesa, talvez ibérica ou até mediterrânica, mas nunca europeia, alegou João Proença: “Não há uma greve geral europeia, tentou-se vender essa ideia. Em nenhum país do centro da Europa vai haver greves. Há é uma jornada europeia com manifestações e várias formas de luta. Greves só nos países do Sul”.

Se no dia 14 vai estar presente, no dia 12, quando a chanceler alemã visitar Portugal, o líder da UGT estará ausente, por respeito institucional. “Merkel é ‘a mulher da austeridade’, que põe em causa o futuro da Europa. Mas nunca contestaria a visita de um chefe de Estado, a não ser a vinda de um ditador”, defendeu-se.

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