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Greve hoje em França conta com apoio dos coletes amarelos

A CGT, principal central sindical francesa, fez um apelo à greve hoje em toda a França, para lutar contra “a profunda injustiça social” e os “coletes amarelos” podem aparecer em diversas cidades franceses para apoiar os protestos.

Apesar de não ter respondido desde o primeiro momento às manifestações do movimento dos coletes amarelos, a central sindical reconheceu no seu apelo à mobilização dos trabalhadores franceses que os protestos dos últimos três meses “revelaram a recuperação da confiança na ação coletiva”.

Assim, hoje espera-se uma paralisação generalizada nos transportes, escolas e hospitais em França, com várias manifestações por todo o país. Em Paris, a manifestação começará ao início da tarde junto ao edifício da Câmara Municipal de Paris e seguirá até à praça da Concorde.

Alguns monumentos emblemáticos da capital, como a Torre Eiffel, já avisaram os visitantes que poderá haver perturbações nos seus serviços durante o dia de hoje.

Nas redes sociais, algumas figuras destacadas do movimento dos coletes amarelos como Eric Drouet, afirmaram que esta greve deverá ser “um bloqueio total”, mostrando apoio à iniciativa.

Já as outras duas grandes centrais sindicais, a Confederam Francesa Democrática do Trabalho (CFDT) e Força Operaria, não se vão juntar ao protesto.

Esta é uma prova de fogo para o secretário-geral da CGT, Philipe Martinez, que se está a recandidatar à liderança da central sindical. Martinez foi duramente criticado por não se ter juntado aos protestos dos coletes amarelos desde o início e, em entrevista à revista “Politis” na semana passada, disse que tem sido difícil devido à ausência de organização deste movimento.

“A ausência de organização torna todos os contactos difíceis com o movimento. Uma intersindical, não é possível. E isto não se pode fazer rotunda a rotunda”, afirmou o líder da CGT.

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