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Greve geral: Seguro elogia UGT espanhola por se associar ao protesto contra o “austericídio”

antonio jose seguro 2António José Segurou elogiou o movimento sindical espanhol por aderir, com “muitas razões”, à greve geral agendada pela CGTP para dia 14. Será uma luta ibérica contra o “suicídio económico” ou “austericídio”, como apelida a deputada socialista espanhola Soraya Rodríguez.

O Partido Socialista português está solidário com o homólogo de Espanha e com o movimento sindical do país vizinho, mais do que com o português. António José Segurou elogiou os espanhóis por aderirem à greve geral do dia 14, que em Portugal foi convocada pela CGTP e que não contará com a UGT, mas não apelou à participação na greve em território nacional.

“Os trabalhadores portugueses têm, infelizmente, muitas razões para se manifestarem, para fazerem formas de luta que considerem adequadas”, reconheceu o secretário-geral do PS, citado pela Lusa, aproximando-se do Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e da UGT espanhola, movimentos que vão alargar a greve geral portuguesa a toda a península ibérica.

A UGT portuguesa, tradicionalmente mais ligada ao PS em termos políticos, não vai alinhar na greve geral, por entender que a CGTP não pediu a colaboração institucional. Ao contrário do secretário-geral da UGT, João Proença, que confirmou a presença na greve por respeito ao sindicato em que está filiado (a Federação dos Sindicatos da Administração Pública), José António Segurou nem confirmou a presença no dia 14, nem apelou aos socialistas portugueses para fazerem greve.

“O PS respeita muito a autonomia do movimento sindical. Há sindicatos que vão fazer greve, sindicatos que não vão fazer, mas aquilo que nos une a todos são as preocupações sociais que, neste momento, fazem com que os trabalhadores estejam em luta e que depois expressem essa luta em diferentes formas e em diferentes frentes”, argumentou o líder socialista.

Formas e frentes que, do lado de lá da fronteira, passam pela adesão do PSOE e da UGT à greve geral, tornando-a ibérica. “Esta política de ajustamento é um suicídio económico, um austericídio, que está a levar-nos a um beco sem saída”, justificou a deputada socialista Soraya Rodríguez, em entrevista à RNE.

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