A greve dos professores cumpre-se nesta quarta-feira, o que deixa alguns pais sem alternativa: deixar os filhos na escola. “Há muitos miúdos a deambular pelos recreios”, realça Filinto Lima, diretor da Associação Nacional de Diretores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), em declarações à agência Lusa.
Nesta quarta-feira os alunos estão em greve, em protesto contra uma medida prevista na proposta do Orçamento de Estado para 2018: a não contagem do tempo de serviço realizado entre 31 de agosto de 2005 e 31 de dezembro de 2007, e entre janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2018. Saiba mais.
A jornada de luta dos docentes levou a que algumas escolas do 1.º ciclo fossem encerradas. Os pais não foram informados sobre a eventual adesão à greve dos professores dos filhos e alguns deles tiveram de encontrar uma alternativa e a colocar uma pergunta: onde deixar a criança?
“Há uma grande razia, o que tem uma repercussão para os pais, uma vez que os alunos não podem ali ficar”, diz Filinto Lima, em declarações à Lusa.
Já nos 2.º e 3.º ciclos, o cenário é diferente, mas também ele suscetível de provocar preocupação.
“Na Escolas Básicas de 2.º e 3.º ciclos, há muitos miúdos a deambular pelos recreios e cria a sensação de que estão no intervalo, porque a maior parte dos professores está a faltar às aulas”, revela Filinto Lima, também em declarações àquela agência.
A greve dos professores está a ter grande adesão, tão grande como os transtornos causados nas famílias.
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