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Greve dos maquinistas da CP paralisa comboios até aos limites legais

Apenas 20 por cento dos comboios estão em circulação, devido à greve dos maquinistas da CP, que só asseguram os serviços mínimos de transporte ferroviário. Em declarações à Lusa, António Medeiros, líder do Sindicato dos Maquinistas, garante que a lei do Tribunal Arbitral “está a ser cumprida”, mas não tem números sobre a adesão dos trabalhadores.

Os comboios pararam na CP, em virtude da greve dos maquinistas, que provocará fortes prejuízos na empresa de transportes ferroviários. Segundo indica à Lusa António Medeiros, “apenas 20 por cento dos comboios” estão a circular, o que corresponde aos serviços mínimos exigidos por lei.

O sindicalista não tem números sobre a adesão dos maquinistas a esta paralisação e lamenta os inconvenientes provocados aos cidadãos privados do serviço de comboios, mas lembra que os maquinistas “não têm alternativa”. E volta a apontar o dedo à CP, acusada de querer “rasgar os compromissos assumidos com os trabalhadores em junho”.

Recorde-se que o Sindicato de Maquinistas da CP avançou com esta greve, como medida de protesto contra processos disciplinares “absurdos, injustificados e ilegais”. A paralisação está marcada para as vésperas de Natal e dia da celebração da quadra (entre 23 e 25 de dezembro).

Se não se verificar acordo entre as partes, o protesto é retomado a 1 de janeiro e prolonga-se até ao final do primeiro mês de 2012, mas apenas nas horas extraordinárias. Segundo adianta António Medeiros à agência Lusa, estão a ser aplicados processos disciplinares ilegais.

A razão para esta greve está num alegado desrespeito de um acordo de “paz social”, por parte da administração da CP, que “avançou com procedimentos disciplinares absurdos e injustificados”, acusa o líder daquele sindicato.

O Sindicato de Maquinistas assinou um acordo com a administração da CP, que tentava pôr termo a todos os conflitos entre as partes e avançar para “uma paz social”. No entanto, argumenta António Medeiros, esse pacto foi ignorado pela empresa, cujos responsáveis decidiram avançar com processos disciplinares.

António Medeiros defende que são procedimentos disciplinares que não se justificam, em virtude do que ficara estipulado nos acordos estabelecidos, e foram feitos “de forma ilegal”. Os maquinistas dizem-se “perseguidos e alvo de processos disciplinares forjados, inventados” e “uma ofensa”.

A administração da CP já garantiu que não há motivos para esta greve e realça a forte despesa que a paralisação vai provocar, com implicações nos pagamentos de salários.

Através de uma nota enviada aos trabalhadores, a CP refere que enfrenta “dificuldades de tesouraria” graves, o que, aliado a outras obrigações que a empresa tem de cumprir – como o pagamentos a fornecedores, à administração fiscal e também à Segurança Social – impede que os salários sejam pagos nas datas habituais (com uma semana de antecedência, normalmente ao dia 23, em virtude do Natal).

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