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Greve dos enfermeiros de 100 por cento no Fundão e de 80,76 por cento na Covilhã

A greve convocada pelo Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) está a ter hoje uma adesão de 100 por cento no Hospital do Fundão e de 80,76 por cento no da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, disse à agência Lusa fonte sindical.

Segundo a dirigente sindical do SEP Conceição Rodrigues, a adesão à greve, no turno das 08:00 às 16:00, “é reveladora do estado de exaustão e de desespero dos enfermeiros” que prestam serviço no Centro Hospitalar da Cova da Beira.

“O Hospital do Fundão está com 100 por cento de adesão, só os cuidados mínimos estão a ser assegurados”, disse a responsável.

No Hospital da Covilhã, a adesão à greve é de 80,76 por cento e verifica-se uma adesão de “100 por cento na urgência geral, de 90 por cento no bloco operatório e de 63 por cento na consulta externa”, segundo Conceição Rodrigues.

A sindicalista do SEP disse à Lusa que, dos 23 serviços do Hospital da Covilhã, “14 estão com 100 por cento de adesão” e que “em todos estes serviços estão a ser assegurados os cuidados mínimos”.

Os enfermeiros do Centro Hospitalar da Cova Beira estão hoje em greve pela progressão na carreira, para exigirem o pagamento do suplemento remuneratório a todos os enfermeiros especialistas, a contratação de mais profissionais, a aplicação efetiva das 35 horas semanais a todos os profissionais e o pagamento das horas, folgas e feriados em dívida, entre outras reivindicações.

Em relação à carência de enfermeiros naquele centro hospitalar do distrito de Castelo Branco, segundo a dirigente sindical do SEP, estão em falta “pelo menos 100” profissionais.

Conceição Rodrigues adiantou que a administração, com quem o sindicato tenta reunir desde maio, tem conhecimento do problema, mas “está condicionada com as autorizações do Ministério das Finanças”, pelo que “está a pensar adotar medidas para ultrapassar esta questão da falta de enfermeiros”.

Na manhã de hoje, os dirigentes do SEP reuniram com o presidente da Câmara Municipal da Covilhã e com o vice-presidente e um vereador do município do Fundão.

A mesma dirigente sindical referiu à Lusa que ambas as autarquias estão preocupadas com a situação e que manifestaram “toda a disponibilidade, não só para irem junto do conselho de administração [do Centro Hospitalar da Cova da Beira], como para a elaboração de um documento conjunto, para intervirem junto da tutela”.

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