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Greve da Portway provoca atrasos e cancelamentos de voos em Lisboa, segundo o sindicato

A adesão à greve dos trabalhadores da Portway tem estado a provocar atrasos e cancelamentos de voos em Lisboa, podendo os constrangimentos neste aeroporto virem ainda a piorar, disse fonte do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil.

A adesão à paralisação no aeroporto de Lisboa está hoje entre 80 por cento e 85 por cento, no Porto entre 70 por cento e 75 por cento e Faro e Funchal 50 por cento, disse a mesma fonte.

“O terceiro dia [de greve], tal e qual como tínhamos previsto está a ser bastante forte a nível de adesão. Faro e Funchal 50 por cento, são os números que me fizeram chegar. Porto 70 por cento a 75 por cento e em Lisboa, nos últimos minutos e tendo em conta os últimos desenvolvimentos que houve, estamos a apontar para os 80 a 85 por cento”, avançou hoje Fernando Simões, dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), à agência Lusa.

Segundo dados do sindicato, a maioria dos primeiros voos da manhã em Lisboa saíram com atrasos “de uma hora ou superior” e foram “12 voos cancelados no aeroporto de Lisboa”.

As estimativas para o longo dia é que “pode vir a piorar”, considerou Fernando Simões, referindo que além dos atrasos que se vão manter ao longo do terceiro dia de greve, pode haver “ainda mais cancelamentos” de voos.

Em 20 de dezembro transato, o SINTAC anunciou um pré-aviso de greve na Portway para os dias 27,28 e 29 de dezembro nos aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Funchal.

Na altura do pré-aviso de greve, o SINTAC, em comunicado, indicou que decidiu avançar para a greve, porque a empresa, “através dos seus administradores pertencentes ao grupo Vinci, “não cumpriu o devido descongelamento de carreiras no passado mês de novembro conforme tinha assinado em 2016”.

Na sexta-feira passada, a Portway, empresa de ‘handling’ (assistência em terra nos aeroportos), disse, em comunicado de imprensa, que a “incoerência” do sindicato que convocou a paralisação “ameaçava a empresa”.

O grupo, detido pela Vinci, classificou a greve de “incompreensível, sem fundamentos”, garantindo que a ação de protesto prejudicava a empresa e, consequentemente, os seus trabalhadores.

A empresa realçou ainda, no mesmo comunicado de imprensa, que estava empenhada em minimizar os impactos da paralisação, “cumprindo escrupulosamente a lei e todas as regulamentações e acordos aplicáveis”.

Segundo a Portway, foi negociado com todos os representantes sindicais da empresa e com o próprio SINTAC um novo AE [acordo de empresa], no passado mês de julho, acordo esse que mereceu o aval positivo de todos”.

A Lusa contactou hoje de manhã a ANA Aeroportos de Portugal e a Portway, mas até ao momento ainda não foi possível obter comentários das duas entidades.

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