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Grávida perde bebé durante greve no Hospital Santa Maria

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) conclui que a mulher grávida que perdeu o bebé, em agosto de 2017, após ter estado no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, não teve os cuidados médicos recomendados.

De acordo com o jornal Público, que teve acesso ao relatório da IGAS, uma enfermeira e três médicos violaram o “dever de cuidado que lhes era exigível” e vão agora ser responsabilizados pela morte do feto que a mulher carregava, com 33 semanas de gestação.

A situação ocorreu durante a “greve de zelo” dos enfermeiros obstetras, no verão de 2017, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.

Com um historial de problemas respiratórios e cardíacos, a grávida deu entrada nos serviços hospitalares a 23 de agosto de 2017, quando tinha uma gravidez com 33 semanas.

De acordo com o diário clínico citado no relatório da IGAS, a que o Público teve acesso, a mulher ficou internada para “indução da maturidade pulmonar fetal e vigilância do bem-estar fetal”.

Foi ainda prescrito que a grávida deveria ser submetida a uma cardiotocografia (CTG) por turno no hospital.

No entanto, segundo o relatório da IGAS, a 24 de agosto de 2017 nenhuma das grávidas internadas na obstetrícia foi submetida a este procedimento, em face de um protesto dos Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstetrícia.

O Público revela que a enfermeira especialista ao serviço entrou em contacto com o serviço de urgência para saber quem iria fazer o exame às grávidas mas terá recebido como resposta que não havia pessoal suficiente para realizar tal procedimento.

No dia seguinte, a mulher acabou por perder o bebé, depois de começar a perder sangue.

A IGAS recomenda que seja realizado um procedimento disciplinar aos clínicos que estavam ao serviço naquela altura.

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