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Grande manifestação em Paris em defesa do modelo social

Entre 11.500 pessoas, segundo a polícia, 50.000, segundo os sindicatos, manifestaram-se hoje em Paris em defesa do modelo social em resposta ao apelo de seis grandes sindicatos.

Uma contagem independente, feita pelo instituto Occurrence para um grupo de meios de comunicação social, contabilizou cerca de 21.500 manifestantes.

Há três meses, uma manifestação com os mesmos objetivos, mas convocada apenas por dois sindicatos (CGT e FO), juntou em Paris 2.900 pessoas, segundo a polícia, 15.000, segundo os sindicatos.

Para hoje, as organizações sindicais CGT, FO, Solidaires, FIDL, UNEF e UNL convocaram trabalhadores, pensionistas, desempregados e estudantes a rejeitar as políticas do presidente, Emmanuel Macron, que acusam de acentuar as desigualdades e romper com o modelo social existente.

O protesto foi convocado para mais 100 cidades de França e reuniu dezenas de milhares de pessoas um pouco por todo o país.

Na manifestação de Paris registaram-se incidentes, com confrontos entre manifestantes e polícia que, segundo o jornal Le Figaro, fizeram pelo menos um ferido.

Os sindicatos afirmam, na convocatória, que numa década, “as dez maiores fortunas de França quadruplicaram o seu património, enquanto uma família pobre precisa de seis gerações para chegar ao salário médio”.

“Os anúncios governamentais e as sucessivas contrarreformas não fizeram mais que aumentar o fosso destas desigualdades: uma grande maioria da população considera injusta e ineficaz a política do governo ao serviço dos interesses patronais”, consideraram.

Os sindicatos na origem dos protestos exigem o aumento dos salários e pensões, uma “verdadeira política de investimento” centrada nos desafios ambientais e que “garanta o futuro das próximas gerações” e a igualdade profissional entre homens e mulheres.

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