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“Governo tem lógica muito familiar com pais, filhos, maridos e mulheres”, diz Miguel Relvas

Miguel Relvas, antigo ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares no governo de Pedro Passos Coelho, que saiu do executivo, em 2013, na sequência de uma caso ligado a competências e verificação de equivalências na sua licenciatura, lamenta os casos polémicos que têm envolvido nomes do atual governo liderado por António Costa.

“Em primeiro lugar nós não sabemos quais vão ser os futuros critérios. Sentimos e vimos que o primeiro-ministro tentou que o senhor Presidente da República fosse uma espécie de ministro-adjunto e mandou-lhe duas propostas para ele escolher um”, comentou Miguel Relvas.

Em declarações no canal de televisão CNN Portugal, o ex-ministro e braço-direito de Pedro Passos Coelho lembra que quem forma governo tem de estar preparado para a seleção de figuras para o executivo.

“Quem forma um governo e quem já passou por isso sabe, em primeiro lugar, que as eleições em Portugal, por norma, não trazem surpresa. E, portanto, há nomes na cabeça de quem vai ser ministros mais do que secretários de Estado”, lembrou Miguel Relvas.

Por outro lado, o ex-ministro social-democrata critica a lógica de formação do governo do PS que visa uma lógica “familiar”.

“Este governo sofre de um problema inicial. Foi sempre um governo muito da lógica do Partido Socialista, um governo da lógica de uma estrutura muito familiar com pais, filhos, casados, maridos e mulheres e toda uma estrutura que não vivíamos há muitos anos”, justificou.

Assim, Miguel Relvas sublinha que “todos estes casos eram mais ou menos conhecidos, mais ou menos comentados”.

“E todos nós sabemos que estas situações são muitas vezes faladas”, salientou ainda o antigo ministro do PSD, deixando reparos aos socialistas.

“Vem sempre para cima da mesa a ética republicana. Quer dizer, a ética republicana não é um património socialista”, acrescentou, finalizando com um recado.

“Temos que nos habituar a que não voltem a acontecer casos como este”, desejou Miguel Relvas.

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