Francisco Rodrigues dos Santos, presidente do CDS, afirmou que o Governo deu “duas semanas de avanço” à pandemia de covid-19, lamentando que o encerramento das escolas só tenha avançado após “três conselhos de ministros em sete dias”.
A atuação do executivo de António Costa “dá a sensação de ser um barco à deriva no meio de uma tempestade”, segundo o dirigente centrista.
“O Governo teimou, foi arrogante, insistiu no erro e agora voltou atrás com o pretexto de uma estirpe britânica, que já está em Portugal pelos menos há três semanas”, salientou.
Francisco Rodrigues dos Santos lamentou que o confinamento “a sério” não tenha começado mais cedo, permitindo “mais duas semanas de avanço ao vírus”.
“Infelizmente, foram precisos três conselhos de ministros no espaço de apenas sete dias para que o Governo corrigisse os erros de previsão e de análise”, insistiu o presidente do CDS, em declarações à Lusa, na sede do partido.
Num comentário às medidas ontem anunciadas, o dirigente centrista considerou que, “uma vez mais, pecam por tardias”.
“O Governo continua a demonstrar uma incapacidade de planeamento e previsão que tem custado caro aos portugueses, e cuja fatura se paga com mortes diárias acima dos 150 cidadãos”, acrescentou.
Francisco Rodrigues dos Santos pegou no encerramento das escolas para lembrar uma promessa não cumprida de António Costa.
“O primeiro-ministro, no dia 09 de abril, prometeu a todos os alunos que no início do ano letivo haveria um computador para cada um, e uma vez mais incumpriu a sua promessa. Ficou agora exposto que só não avançou imediatamente para o encerramento das escolas porque, uma vez mais, falhou no seu planeamento e nas promessas que fez”, concluiu o presidente do CDS.
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