Economia

Governo português destaca papel das câmaras de comércio na relação com Moçambique

O secretário de Estado da Internacionalização português, Eurico Brilhante Dias, destacou hoje, em Maputo, o papel essencial das câmaras de comércio no momento de melhoria económica que se vive em Portugal e Moçambique, com aproximação entre os dois países.

“As câmaras de comércio têm um papel insubstituível na ligação entre as duas comunidades empresariais, num momento em que Portugal vive um contexto muito interessante, com crescimento económico, com diminuição do desemprego, mas também em Moçambique, onde perspetivamos dias mais felizes e simpáticos do que aqueles que tivemos nos últimos dois, três anos”, referiu.

O governante falava hoje durante o lançamento do diretório 2018 da Câmara de Comércio Portugal Moçambique (CCPM), uma publicação com cerca de 100 páginas.

Além da listagem de empresas, a revista inclui dezenas de artigos sobre diferentes setores de atividade em Moçambique e faz um ponto de situação sobre as relações políticas e institucionais entre os dois países.

A CCPM pretende assumir o papel que o secretário de Estado da Internacionalização lhe atribui, estabelecendo pontes entre empresários e ajudando a ultrapassar obstáculos, referiu à Lusa o vice-presidente do organismo, Joaquim Tobias Dai.

“Existe uma burocracia percebida, que normalmente achamos que está lá e à qual não conseguiremos dar a volta, mas na verdade pode haver sempre quem ajude a ultrapassar e a antecipar certos desafios que vão aparecendo”, explicou.

“É por isso que cá estamos, para pôr as empresas a comunicar com mercado”, acrescentou o dirigente da CCPM.

No âmbito das oportunidades de negócios, as empresas e instituições portuguesas são os melhores parceiros para partilhar conhecimento com Moçambique, disse hoje o secretário de Estado da Internalização de Portugal, Eurico Brilhante Dias.

“As oportunidades de negócio têm de ser oportunidades de desenvolvimento das pessoas, dos trabalhadores e empresas moçambicanas e nessa transferência e partilha de conhecimento, nessa possibilidade de crescer em conjunto, tenho absoluta convicção de que as empresas e instituições portuguesas estão em melhores condições de ser esse parceiro”, referiu.

Uma ideia que também já tinha sido vincada na segunda-feira, no Pavilhão de Portugal da Feira Internacional de Maputo, certame que decorre até domingo.

Posicionamento de aposta nas relações económicas que já tinha sido declarado com prioridade no início de julho pelo primeiro-ministro português, António Costa, e pelo Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi.

Além da forte presença de capital português no tecido empresarial moçambicano ao longo de décadas, a qualificação da mão-de-obra permite a Portugal assumir-se como um “parceiro de ponta no desenvolvimento da larga maioria dos negócios que serão desenvolvidos em Moçambique”, concluiu o governante português.

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