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Governo moçambicano espera importar sete mil animais selvagens até 2019

O Governo moçambicano aguarda pela transferência de sete mil animais selvagens de países vizinhos para os parques e reservas nacionais até 2019, disse à Lusa fonte da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC).

O diretor interino dos Serviços de Conservação e Desenvolvimento Comunitário da ANAC, Armindo Aramani, afirmou, em entrevista à Lusa, que o total de animais selvagens movimentados dos países vizinhos para Moçambique vai passar no próximo ano para cerca de 15 mil desde que o plano de repovoamento dos parques e reservas naturais moçambicanos começou, em 2001.

“Temos parques e reservas elegíveis para o repovoamento”, declarou Armindo Aramani, adiantando que há, no país, seis locais em condições de receber novos animais.

Os parques da Gorongosa, Limpopo, Zinave, Banhine, a Reserva do Gilé e a Reserva Especial de Maputo são santuários da vida selvagem moçambicanos, aptos a ser repovoados por animais bravios, assinalou.

Armindo Aramani não especificou o número de animais que vão passar a viver nos parques e reservas moçambicanas após 2019, entre os transferidos e os nativos.

O último censo da população animal divulgado em 2014 estimou a existência de mais de dez mil elefantes e de 18 mil búfalos.

Em regiões com vegetação densa, a prioridade tem sido a colocação de animais de grande porte, para permitir o repovoamento e reprodução de animais de pequeno porte, e para as áreas com superpopulação de herbívoros são transferidos carnívoros, para assegurar o equilíbrio ecológico.

“A presença de um elevado número de herbívoros obriga a um exercício de equilíbrio com colocação de carnívoros: por isso é que, recentemente, colocámos 24 leões na ‘coutada 16’ do complexo de Marromeu”, explicou.

Após 2019, a aposta das autoridades de conservação será a deslocação interna, através da movimentação de animais entre parques moçambicanos.

O diretor interino dos Serviços de Conservação e Desenvolvimento Comunitário considerou necessário o repovoamento, depois de a população animal ter sido reduzida drasticamente, após a independência, devido à guerra, caça furtiva e fragmentação dos habitats.

Uma das principais vítimas deste conjunto de fatores foi o elefante, cobiçado pelo marfim.

“Há dados que indicam que em 1972 [período colonial] tínhamos 52 mil elefantes, mas um censo de 2008 indicava que a população de elefantes caiu para 24 mil e para 10.480 no censo de 2014”, alertou Armindo Aramani.

Em março, Carlos Lopes, diretor dos serviços de Proteção e Fiscalização da ANAC, referiu que Moçambique está a perder elefantes “a um ritmo que, se não for radicalmente alterado, vai conduzir à extinção ou, pelo menos, à inviabilidade das populações desta espécie”.

O ritmo de abate ilegal e a falta de recursos para fiscalização e combate ao crime estão entre os principais problemas, referiu.

Este ano será decisivo no diagnóstico da espécie em Moçambique, dado que a ANAC se prepara para realizar o terceiro censo de elefantes do país.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: AnimaisMoçambique

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